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Estremadura (Espanha)

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 Nota: Para a antiga província homónima portuguesa, veja Estremadura.

A Estremadura,[1] também grafada como Extremadura (em castelhano: Extremadura; em estremenho: Estremaúra), é uma das comunidades autónomas da Espanha, situada no sudoeste da Península Ibérica. Com 1 054 681 habitantes em 2024,[2] tem a sua capital em Mérida e divide-se em duas províncias, as mais extensas do país: Cáceres (a norte) e Badajoz (a sul).

Factos rápidos Comunidade autónoma, Localização ...
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Mapa da Estremadura
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A Plaza Mayor de Garrovillas de Alconétar
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Templo romano de Diana, em Mérida
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Serra de Gredos na sua parte estremenha, em La Vera

É a norte da comunidade que se enconta o Sistema Central e o seu pico mais alto, o Calvitero, de 2 405 m de altitude. É também aí que encontra o limite com a comunidade de Castela e Leão. A leste possui a comunidade de Castela-Mancha, a sudeste e a sul a Andaluzia e a vertente ocidental da Serra Morena, e a oeste Portugal (regiões do Centro e do Alentejo, incluindo os distritos de Castelo Branco, Portalegre, Évora e parte do de Beja).

A sua capital é uma das duas únicas capitais de comunidade autónoma que não é sede de uma província de Espanha. Grande parte da sua superfície compreende parte das bacias hidrográficas de dois dos rios mais importantes da península, que partilha com Portugal — o Tejo e o Guadiana, e que são separadas pelos Montes de Toledo. O seu clima é mais quente a sul e temperado no norte.

O seu território, essencialmente rural e de tradição agrícola, faz com que diversos produtos nela produzidos sejam reconhecidos a vários níveis. É o caso dos vinhos (com várias denominações de origem), presunto, queijos, azeite, pimentão, mel, cerejas e vários tipos de carnes. A azinheira é a árvore típica da região e figura no centro do escudo estremenho, sendo muito característica o sistema da dehesa, conhecida em Portugal como montado. A Estremadura tem passado histórico partilhado com Portugal, desde a antiga Lusitânia até ao reino de Badajoz.

A região fez parte do Taifa de Badajoz entre os séculos XII e XIII antes de ser conquistada pelo Reino de Leão sob os auspícios de Afonso IX. Após a formação da Coroa de Castela pela união de ambos os reinos em 1230, a província da Estremadura surge oficialmente em 1371, correspondendo às regiões mais meridionais do Reino de Leão, daí o seu nome histórico de Extremadura Leonesa (em contraste com as estremaduras Portuguesa, Castelhana e Aragonesa). A região destaca-se por ser o berço de vários conquistadores: Francisco Pizarro, Hernán Cortés, Pedro de Valdivia, Pedro de Alvarado, Vasco Núñez de Balboa e Hernando de Soto.

As mais importantes festividades ocorrem no dia 8 de setembro, quando se celebra a festa católica em honra de Nossa Senhora de Guadalupe mas também o Dia da Estremadura.

A nível cultural, é uma comunidade linguisticamente diversa que possui, para além do castelhano, o estremenho, a fala e o português como línguas próprias. Pretendendo refletir esta diversidade, celebra-se a cada 18 de agosto, desde 2018, o Dia das Línguas da Estremadura.

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Etimologia

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A origem do nome é incerta, tendo sido várias as origens apontadas para este corónimo.

Uma das hipóteses postula que a palavra deriva do latim Extrema Dorii — extremos do Douro — ou melhor — no outro extremo do Douro, fazendo referência à sua posição a sul deste rio e através do qual eram designados genericamente os territórios a sul dessa bacia.[3][4]

Outra, suportada por vários medievalistas, argumenta que o vocábulo «Estremadura» (Extremadura) deriva de «extremo», designando simplesmente o extremo sul de um reino.[5] Este termo era usado durante a Reconquista para denominar as terras situadas nos extremos dos reinos cristãos do norte com o Al-Andalus muçulmano, tendo sido registado pela primeira vez no século X para designar a região em torno de Viseu.[6] Deste modo, e no caso de Castela, estas eram as terras em volta do que é hoje a província de Sória (cujo escudo possui a inscrição "Soria pura cabeza de Extremadura" — tratar-se-ia da Estremadura castelhana). No caso do Reino de Leão, estes territórios mais extremos, distantes, e na primeira linha de defesa frente ao inimigo, ocupariam inicialmente uma boa parte da actual província de Cáceres, para depois se alargarem após a conquista do Reino de Badajoz — tratar-se-iam da Estremadura leonesa.[7][8]

Um caso semelhante ocorre também com a Galiza estremeira, termo que designa os territórios fronteiriços das regiões vizinhas onde é falado o galego.

Não deve confundir-se a Estremadura espanhola com a antiga província portuguesa da Estremadura, embora a etimologia seja a mesma.

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História

A Lusitânia foi uma antiga província romana que incluía uma parte do que é hoje Portugal (excepto a zona norte), e uma grande porção do que é hoje a Estremadura espanhola. Tinha como capital Emerita Augusta, a actual Mérida, uma das mais importantes cidades à época.

Muitos conquistadores espanhóis são originários da Estremadura, facto que está na origem de muitas cidades da América Latina terem nomes de aldeias e cidades da Estremadura: Mérida é nome de grandes cidades do México e da Venezuela, Medellín é uma pequena localidade estremenha, mas também a segunda maior cidade colombiana; Albuquerque é a maior cidade no Novo México e o seu nome provém de Alburquerque, na província de Badajoz.

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Geografia

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A área da Estremadura é de 41 633 km², o que faz dela a 5ª Comunidade Autónoma de Espanha em área. As suas duas províncias são as maiores em área de Espanha.

Sistemas montanhosos

Ao norte da comunidade erguem-se as serras do Sistema Central, com a Serra de Gredos, Serra de Béjar — onde a Estremadura alcança a sua maior altitude no Calvitero com 2 401 m — e Serra de Gata, que a separam da meseta norte-castelhana.

No centro encontra-se, de este para oeste, a Serra de las Villuercas, a Serra de Montánchez e a Serra de San Pedro, que fazem parte dos Montes de Toledo.

A sul eleva-se a Serra Morena, que separa Estremadura de Andaluzia.

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Rio Ibor à passagem pela localidade de Bohonal de Ibor, na província de Cáceres

Hidrografia

Todo o território estremenho pertence à vertente atlântica e a quatro bacias hidrográficas distintas:

  • Tejo, cujos afluentes principais são, na margem direita (norte), o Tiétar e o Alagón, e na margem esquerda (sul), o Almonte, Ibor, o Salor e o Sever (este último fazendo fronteira com Portugal). Os afluentes da margem direita contribuem com maior caudal, dado que se alimentam principalmente das torrentes de montanha do Sistema Central, onde as precipitações são muito abundantes e no inverno se acumulam grandes quantidades de neve.
  • Guadiana, cujos afluentes principais são, na margem direita (norte), o Guadarranque e o Ruecas, e na margem esquerda (sul), o Zújar — o mais caudaloso — e o Matachel
  • Guadalquivir.

Clima

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Vale do Jerte
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Dehesa (pastagem de montado) estremenha na primavera

O clima da Estremadura é do tipo mediterrânico, excepto no norte, onde é do tipo mediterrânico continentalizado, e no oeste, onde a influência do Atlântico faz com que o clima seja mais suave.[carece de fontes?]

Em geral, e dado que o clima é mediterrânico, caracteriza-se por verões muito quentes, concentrando-se a precipitação nos resto do ano, já que no período estival é muito escassa. Os invernos são extensos e suavizados pela influência oceânica da relativa proximidade da costa atlântica portuguesa.[carece de fontes?]

A orografia influencia decisivamente o clima em algumas partes da região, criando microclimas muito húmidos nas serras do norte, particularmente nas comarcas da Serra de Gata, Vale do Ambroz, Hurdes, Vale do Jerte e La Vera, onde as precipitações são muito abundantes.

Temperaturas

As temperaturas médias anuais oscilam ente 16 e 17 °C. No norte a temperatura média é de 13 °C, mais baixa que os 18 °C do sul — os valores sobem à medida que se avança para sul, até chegar às imediações da Serra Morena, onde voltam a diminuir com a altitude.

Durante o verão a temperatura média do mês de julho ultrapassa os 26 °C, alcançando máximas acima dos 41 °C, acima do que se esperaria em teoria tendo em conta a relativa proximidade do Atlântico. A latitude da região determina que o grau de insolação seja elevado, o que, aliado à influência do anticiclone dos Açores e à reduzida altitude média da região, que oscila entre 200 e 400 m, determina a elevada temperatura média da região.

Os invernos são suaves.[carece de fontes?] As temperaturas mais baixas registam-se nas zonas altas de montanha, como o Sistema Central, a serra de Guadalupe e algumas áreas da Serra Morena, onde a temperatura média no inverno é de 7,5 °C.

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Garganta (torrente) Mayor, na Serra de Tormantos, a norte de Plasencia

Precipitação

A Precipitação anual oscila entre os 450 e 500 mm (litros por metro quadrado) nas zonas baixas e são muito mais abundantes nas comarcas do norte, especialmente em Serra de Gata, Vale do Ambroz, Hurdes, Vale do Jerte e La Vera, onde é comum ultrapassarem os 1200 mm anuais. Outras zonas de grande precipitação correspondem a lugares montanhosos, como a serra de Guadalupe e Serra Morena, onde é frequente alcançar os 1000 mm. As zonas onde a precipitação é menor são as de menor altitude — as Vegas Baixas do Guadiana.

A distribuição é muito sazonal, concentrando-se no inverno. Predomina a chuva de rajada, com ocorrências breves e bruscas, mais frequentes que a chuva contínua ou os chuviscos. Há períodos de vários anos em que a precipitação é maior (La Niña) e em que são menores (El Niño), que se sucedem alternadamente.

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Demografia

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Mais informação Municípios mais populosos, Posição ...

A população da Estremadura é de 1 097 744 habitantes,[9] o que representa 2,38% da população espanhola (46 157 822[9]).

A densidade populacional é de 26,37 hab./km², muito baixa em comparação com a espanhola (89,54 hab./km²).

A província com mais população é a de Badajoz, com 685 246 habitantes,[9] com densidade populacional de 31,48 hab./km² e 21 766 km² de área, o que faz dela a mais extensa de Espanha.

A província de Cáceres tem 412 498 habitantes[9] e (19 868 km² de área, o que faz dela a segunda mais extensa de Espanha.

Os núcleos urbanos mais importantes em termos de população são Badajoz (146 832[9]), Cáceres (92 187[9]) e Mérida (55 568[9]).

Estrangeiros

No território estremenho vivem 29 069 estrangeiros[10]16 647 na província de Badajoz e 12 421 na de Cáceres.

A comunidade imigrante mais numerosa é a marroquina (9 218), seguida da romena (4 324), portuguesa (3 492), brasileira (1 676) e colombiana (1 408).

Entre os naturais da África subsahariana que vivem na Estremadura, a comunidade mais numerosa é a do Senegal, com 88 membros. No que respeita a pessoas originárias da Ásia, a maior comunidade é a chinesa, com 631 pessoas.

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Procissão da Semana Santa

Evolução histórica

Segundo o censo de 1591, a população da Estremadura era de 540 000 habitantes, 8% do total da Espanha. No censo fidedigno seguinte, que só se realizou em 1717, já só contava com 326 358.

Desde essa época a população verificou-se um aumento de população mais ou menos constante até aos anos 1960 (1 379 072 em 1960).[11] A partir daí assistiu-se a uma descida acentuada da população devido à emigração para outros países e para outras regiões mais prósperas de Espanha.

Religião

Na Estremadura estão presentes numerosas confissões religiosas. A maior parte dos estremenhos são cristãos, católicos romanos na sua grande maioria, mas também evangélicos e anglicanos. As Testemunhas de Jeová e mórmons também têm alguns seguidores. Além disso, existem fiéis do Judaísmo e Islão, estes últimos com uma presença notável, que se estima em 25 800 fiéis.[12]

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Organização territorial

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Comarcas da Estremadura

A Estremadura tem 384 municípios, 164 na província de Badajoz e 220 na de Cáceres. Devido à sua diminuta população, quatro municípios regem-se pela fórmula de concelho aberto.[nt 1]

Todos os municípios se encontram agrupados em comarcas. Além da divisão por comarcas, todos os municípios à excepção de Badajoz, Cáceres, Mérida, Plasencia e Navalmoral de la Mata pertencem a uma das mancomunidades em que a região foi dividida.

Comarcas

Província de Badajoz
Província de Cáceres
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Línguas

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Na Estremadura a única língua reconhecida como oficial é o espanhol, falada numa variante conhecida como castúo. Não obstante, também são faladas outras línguas:

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Governo e administração

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Antecedentes

Os foros próprios vigentes na Estremadura são o Foro de Bailio (século XII), reconhecido no seu Estatuto de Autonomia.

As primeiras instituições próprias das que se tem registo são a Capitania Geral e Real Exército da Estremadura, de princípios do século XVII, formada no seio da antiga província da Estremadura, que atinge a independência jurídica em 1653, embora já existisse previamente uma conceção geográfica e cultural da mesma. Formalmente, apenas em 1785 é conformada e o seu reconhecimento de facto surge com a criação da Real Audiência da Estremadura em 1790, cujas origens mais remotas se encontram no século XII na Estremadura leonesa enquanto entidade territorial dentro da Coroa de Leão (alargando-se até Badajoz), mais tarde também no seio da Coroa castelhano-leonesa e posteriormente integrada na Monarquia Hispânica. As Estremaduras obtiveram a sua independência administrativa nas Cortes de Segóvia, em 1390.

Mais tarde, quando o rei Fernando VII abandona o poder a favor de José Bonaparte, surgem em toda a Espanha instituições liberais (as Juntas) que assumem o poder, sob a coordenação da Junta Suprema Central constituída em Aranjuez. A Junta Suprema da Extremadura foi organizada em junho de 1808, assumindo o poder em nome do rei. Os membros desta Junta eram pessoas de relevância social ligadas à igreja (como o bispo de Badajoz e o próprio decano da catedral, Francisco Romero de Castilla), membros da nobreza e do exército (Marquês de Monsalud), bem como funcionários do governo.

Como outros organismos, a Junta Suprema da Estremadura teve várias sedes devido à guerra: Badajoz, Valença de Alcântara, Garrovillas, São Vicente de Alcântara, Santa Marta, Arroyo de San Serván e Olivença. José María Calatrava (Mérida, 1781 — Madrid, 1846), foi o primeiro presidente deste órgão.

Poder legislativo

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Uma sessão plenária na Assembleia da Estremadura.

O parlamento autónomo da Estremadura é a Assembleia da Estremadura, composta por 65 deputados: 36 eleitos pela província de Badajoz e 29 pela província de Cáceres.

Após as eleições para a Assembleia da Estremadura em 2023, esta era composta por 28 deputados do Partido Socialista Operário Espanhol, 28 do Partido Popular, 5 do VOX e 4 do Unidas pela Estremadura.

Poder executivo

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Composição da XI legislatura da Assembleia da Estremadura:
Governo (29)
     PP (28)
     Independente ex-VOX (1)
Oposição (36):
     PSOE-E (28)
     VOX (4)
     Unidas pela Estremadura (4)

Juan Carlos Rodríguez Ibarra foi presidente da Junta da Estremadura entre 1983 e 2007; anteriormente, a 20 de dezembro de 1982, tinha sido eleito presidente da Junta Regional da Estremadura, tendo o Estatuto de Autonomia da Estremadura sido aprovado sob o seu mandato a 25 de fevereiro de 1983. Sucederam-lhe no cargo, entre 2007 e 2011, Guillermo Fernández Vara, também socialista, e, entre 2011 e 2015, José Antonio Monago, membro do Partido Popular. Após as eleições regionais de 2015, Fernández Vara regressou à presidência do governo estremenho, numa coligação formada pelo Partido Socialista Operário Espanhol e pelos Socialistas Independentes da Estremadura, graças ao apoio do Podemos.[13] Ao conseguir este apoio, e com a abstenção do PP e do Cidadãos, o candidato socialista foi empossado presidente da Junta. Após as eleições regionais de 2019, a Assembleia da Extremadura reconduziu Guillermo Fernández Vara como presidente, com o voto a favor dos membros do seu partido, que tinha obtido a maioria absoluta nas eleições.[14] Atualmente, após as eleições de 28 de maio de 2023, a Junta da Estremadura é controlada pelo Partido Popular graças a um acordo de coligação com o VOX, fazendo de María Guardiola a primeira mulher presidente da Extremadura.

A Delegação do Governo Espanhol na Estremadura está situada na cidade de Badajoz.

Presidentes da Junta da Estremadura

María Guardiola MartínGuillermo Fernández VaraJosé Antonio Monago TerrazaGuillermo Fernández VaraJuan Carlos Rodríguez IbarraManuel Bermejo HernándezLuis Ramallo García
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Economia

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O sector com maior peso na economia da Estremadura é o de serviços (57%). A construção e as pequenas e médias empresas são a base de uma economia que está a desenvolver um comércio incipiente com as terras vizinhas de Portugal e que mantém um elevado grau de terciarização. Esse efeito sente-se inclusivamente nos espaços rurais, tradicionalmente agrícolas, devido ao apogeu do turismo cultural e ecoturismo.

O crescimento económico da região é superior à média espanhola, sem dúvida partindo de um atraso económico histórico, mas descobrindo e desenvolvendo novas possibilidades de mercado, principalmente nos sectores do turismo, comércio e agro-alimentar. O projecto para a instalação de uma refinaria de petróleo no sul da região originou forte polémica a nível regional, tanto em Espanha como em Portugal.

A região tinha mais de 400 000 inscritos na Segurança Social em 2007.[15]

Existem na Estremadura aproximadamente 8 000 empresas industriais, a maioria delas pequenas e médias. Os principais subsectores são a energia, agroindústria, cortiça, pedra ornamental, maquinaria e têxtil.

Em matéria energética, o desenvolvimento de barragens e quedas de água permitiu uma exploração estável dos recursos hidroelétricos e a uma produção de energia maior que as necessidades de consumo da própria região.[carece de fontes?] A região conta também com uma central nuclear, em Almaraz, perto de Cáceres, a qual produz 9%[carece de fontes?] de toda a electricidade produzida em Espanha (ver: Central nuclear de Almaraz).

Transportes

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Estradas

As estradas da Estremadura são geridas por diversas entidades. As quatro mais importantes são: Ministério do Fomento de Espanha (Ministerio de Fomento de España), Junta da Estremadura, Deputação[nt 2] de Badajoz e Deputação[nt 2] de Cáceres.

Além destas quatro entidades, existem outras redes de estradas sob gestão dos municípios (ayuntamientos).

Autoestradas nacionais

Estas autoestradas (em castelhano: autovías) são administradas pelo Ministério do Fomento de Espanha

Mais informação Identificador, Denominação ...

Autoestradas autonómicas

Estas autoestradas (autovías) são administradas pela Junta da Estremadura

Mais informação Identificador, Denominação ...
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Cultura

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Património da Humanidade

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Mosteiro Real de Santa Maria de Guadalupe, claustro mudéjar

A Estremadura possui três locais classificados como Património da Humanidade pela UNESCO:

Estão em preparação as seguintes candidaturas:

Património Europeu

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El Peropalo, um boneco típico do carnaval de Villanueva de la Vera

Festas de interesse turístico

Estão classificados como festas de interesse turístico aproximadamente 40 eventos periódicos da Estremadura.[19] Esta classificação é atribuída pela Consejería de Medio Ambiente, Urbanismo y Turismo da Junta da Estremadura, segundo os critérios definidos por lei:[20]

  • Originalidade da celebração
  • Valor cultural, gastronómico ou ambiental
  • Antiguidade mínima de 10 anos
  • Capacidade para atrair visitantes de fora da Estremadura
  • Celebração de forma periódica

Estas festas coincidem frequentemente com festividades populares em vários lugares da Estremadura, como São Sebastião, São Brás em castelhano: San Blas, Carnaval, Semana Santa, Agosto ou o Dia de Todos-os-Santos.

A Estremadura no cinema

Alguns dos filmes cuja acção decorre na Estremadura ou nela foram rodados:

  • Las Hurdes, tierra sin pan, (1932)
  • Los santos inocentes (filme)| (1984)
  • El Lute: camina o revienta (1987)
  • Jarrapellejos (1988)
  • Christopher Columbus: The Discovery (1992)
  • El séptimo día (2004)
  • Teresa: el cuerpo de Cristo (2007)
  • El hombre de arena (2007)
  • Pueblos de Europa (2008)
  • Un novio para Yasmina (2008)
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Espaços naturais protegidos

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A Estremadura é uma das regiões europeias cujos sistemas naturais estão menos degradados, apesar do número de nível de protecção destes espaços ser claramente insuficiente.[parcial?]

Parque Nacional de Monfragüe

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Parque Nacional de Monfragüe

A zona do Parque Nacional de Monfragüe, foi declarada Parque Nacional a 3 de março de 2007, convertendo-se no 14º parque nacional da Espanha. 39° 50' 27" N 6° 1' 48" O

Em 2008 foi visitado por 350 000 pessoas.[21]

Além da classificação de parque nacional, a zona faz parte de uma Zona de Protecção Especial para as Aves (ZPE) de 116 160 ha e está classificada como Reserva da Biosfera pela UNESCO (116 160 ha)[22] e Lugar de Importância Comunitária (LIC) pela União Europeia.

O parque está situado numa zona muito pitoresca de 18 396 ha nos vales do Tejo e Tiétar, a aproximadamente 20 km a sul de Plasencia, é atravessado pela estrada que liga esta cidade a Trujillo. É conhecido especialmente pelas colónias de aves de rapina, mas a sua fauna terrestre e aquática é também importante. É considerado um dos refúgios mais importantes da fauna e flora mediterrânica. O seu interesse geológico também é relevante, nomeadamente os afloramentos quartzíticos que dão origem a relevo do tipo apalachiano.[23][24][25][26]

A área tem vários vestígios de ocupação humana muito antiga, remontando a 2 500 a.C. Existem pinturas rupestres em abrigos e grutas, e o lugar de Monfragüe propriamente dito, um morro na confluência dos rios Tejo e Tiétar foi um castro entre no 1º milénio a.C. Acredita-se que aí existiria um forte romano, que foi posteriormente reconstruído em 811 d.C. pelos muçulmanos que ocupavam a área desde 713. A primeira reconquista cristã desse castelo foi levada a cabo pelo português Geraldo Sem Pavor em 1169, mas a posse definitiva da região só se daria em 1180, por Afonso VIII de Castela.

Parques naturais

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Vista do Rio Tejo na zona do Parque Natural do Tejo Internacional
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Reserva Natural Garganta de los Infiernos, no Vale do Jerte
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Los Barruecos, monumento natural em Malpartida de Cáceres)

Existem dois parques naturais na Estremadura, classificados e geridos pela Junta da Estremadura:

Reservas naturais

Reserva Natural Garganta de los Infiernos, no Vale do Jerte, com uma área de 6 927 ha. Ocupa o vale de uma riacho de montanha (em castelhano: garganta), em que a altitude varia entre os 600 e os 2 000  m em apenas alguns quilómetros, pelo que apresenta uma extraordinária diversidade de fauna e flora. São especialmente interessantes os efeitos da erosão da água nas formações graníticas dos leitos dos cursos de água, nomeadamente as marmitas de gigante.

Paisagem protegida

Monumentos naturais

Zonas de Interesse Regional

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Paisagem de La Serena

Zonas de proteção de aves

  • La Serena
  • Dehesas de Jerez
  • Puerto Peña e Sierra de los Golondrinos
  • Las Villuercas
  • Los Ibores (Vale do Ibor)
  • Cedillo e Tejo Internacional
  • Canchos de Ramiro
  • Serra de Sir
  • Serra da Moraleja

Notas

  1. O concelho aberto (em castelhano: concejo abierto) é uma forma de administração autárquica adoptada nos municípios com muito pouca população (tipicamente inferior a cem, se bem haja excepções). Nestes municípios a administração local resume-se a um alcaide e à assembleia constituída por todos os cidadãos do município.
  2. Diputación (deputação) é ao nome dado em Espanha ao conjunto de entidades responsável pela administração de uma província.

Referências

  1. «Estremadura». Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora. Infopédia
  2. «Censo anual de población 2021-2024». INE (em espanhol). Instituto Nacional de Estadística. Consultado em 21 de junho de 2025
  3. Martín, Bonifacio Palacios (1989). «Sobre el origen y significado del nombre de Extremadura. Estudio historiográfico de la etimología duriense» (PDF). Madrid: Unlversldad Complutense. Revista de la Facultad de Geografía e Historia (em espanhol) (4): 409-423. Consultado em 29 de dezembro de 2009[ligação inativa]
  4. Palacios Martín, Bonifacio.Predefinição:Enlace roto
  5. Martínez Díez, Gonzalo. «Extremadura: origen del nombre y formación de las dos provincias.» (PDF). Anuario de la Facultad de Derecho. Universidad de Extremadura, ISSN-e 2695-7728, ISSN 0213-988X, Nº 2, 1983, págs. 59-119. Consultado em 1 de junho de 2021
  6. «¿Cuándo nació Extremadura?». www.elsaltodiario.com (em local). Consultado em 28 de maio de 2020
  7. Palacios Martín, Bonifacio (1998). «Sobre el origen y significado del nombre de Extremadura». Espacio, tiempo y forma. Serie III, Historia medieval,. Consultado em 25 de setembro de 2016
  8. Domené, Domingo (2006). «¿Qué era Extremadura?» (PDF). Universo Extremeño (em espanhol) (1). Consultado em 29 de dezembro de 2009
  9. Instituto Nacional de Estadística de España, INE (2008-01-01). Real Decreto 2124/2008, de 2008-12-26 (BOE 312 de 2008-12-27) (em castelhano)
  10. Instituto Nacional de Estadística de España, INE (2007-01-01) (em castelhano)
  11. Fondo documental del Instituto Nacional de Estadística de España, INE. Censo 1960. Tomo III. Volúmenes provinciales. (em castelhano)
  12. «La Unión de Comunidades Islámicas estima que 28.500 musulmanes viven en la región» (em espanhol). El Periódico Extremadura. 14 de janeiro de 2008. Consultado em 29 de dezembro de 2009
  13. expansion.com (1 de julho de 2015). «Vara ya es nuevo presidente de Extremadura con los votos a favor de Podemos». Consultado em 5 de julho de 2015
  14. «Fernández Vara, reelegido presidente de la Junta de Extremadura». RTVE.es (em espanhol). 25 de junho de 2019. Consultado em 21 de novembro de 2020
  15. Agência EFE (14 de janeiro de 2008). «Superados los 400.000 afiliados a la Seguridad Social en Extremadura» (em espanhol). Jornal Hoy. Consultado em 30 de dezembro de 2009
  16. «Archaeological Ensemble of Mérida». World Heritage List. UNESCO. Consultado em 30 de dezembro de 2009 (em inglês)
  17. «Old Town of Cáceres». World Heritage List. UNESCO. Consultado em 30 de dezembro de 2009 (em inglês)
  18. «Royal Monastery of Santa María de Guadalupe». World Heritage List. UNESCO. Consultado em 30 de dezembro de 2009 (em inglês)
  19. «Fiestas». Web oficial de Turismo de Extremadura (em espanhol). Junta da Estremadura, Consejería de Turismo. Consultado em 30 de dezembro de 2009
  20. «DECRETO 152/1997, de 22 de diciembre, sobre Fiestas de Interés Turístico de Extremadura» (PDF). Junta da Estremadura. Diario Oficial de Extremadura (em espanhol) (149): 8829-8831. 27 de dezembro de 1997. Consultado em 30 de dezembro de 2009
  21. Armero, Pilar (23 de novembro de 2009). «La compra de otra finca convierte el 40% de Monfragüe en suelo público». Hoy Digital (em espanhol). Badajoz: Ediciones Digitales SLU, Diario Hoy de Extremadura. Consultado em 30 de dezembro de 2009. Cópia arquivada em 30 de dezembro de 2009
  22. «MAB Biosphhere Reserves Directory, Biosphere Reserve Information, Monfragüe». UNESCO. 27 de fevereiro de 2007. Consultado em 30 de dezembro de 2009 (em inglês)
  23. «Parque Nacional de Monfragüe - Descripción» (em espanhol). Atumon, Asociación de Servicios Turísticos de Monfragüe. Consultado em 30 de dezembro de 2009
  24. «Parque Nacional de Monfragüe» (em espanhol). Iberian Nature– Servicio de Guías de Naturaleza. Consultado em 30 de dezembro de 2009
  25. «Parque Nacional de Monfragüe» (em espanhol). Patronato de Turismo, Artesanía y Cultura Tradicional de Cáceres. Consultado em 30 de dezembro de 2009
  26. «Parque Nacional de Monfragüe» (em espanhol). Junta da Estremadura, Consejerái de Industria, Energia y Medio Ambiente. Consultado em 30 de dezembro de 2009
  27. Merida, Javier Alvarez Amaro (7 de outubro de 2003). «Hallan restos de agricultura en la región datados hace 7.000 años» (em espanhol). El Periódico Extremadura. Consultado em 30 de dezembro de 2009. Cópia arquivada em 30 de dezembro de 2009
  28. Bonilla, José Antonio. «Monumento Natural» (em espanhol). fuentesdeleon.net. Consultado em 30 de dezembro de 2009
O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre a Estremadura
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