Top Qs
Linha do tempo
Chat
Contexto

Fricativa palatal surda

Da Wikipédia, a enciclopédia livre

Fricativa palatal surda
Remove ads

No alfabeto fonético internacional, o Ç indica uma fricativa palatal surda. Este som se aproxima do X como na palavra caixa, mas a pronúncia, se aproxima do R inicial e R duplo no português brasileiro como na palavra rio, o X produz um som próximo ao Ç; para produzir esse som precisa-se colocar a ponta da língua nos dentes inferiores e tentar pronunciar o som do /ʃ/.

Factos rápidos ç, Imagem ...
Factos rápidos Voiceless palatal approximant, j̊ ...

Há também a fricativa pós-palatal surda em algumas línguas, que é articulada um pouco mais para trás em comparação com o local de articulação da fricativa palatina surda prototípica, embora não tão atrás quanto a fricativa velar surda prototípica. O Alfabeto Fonético Internacional não possui um símbolo separado para esse som, embora possa ser transcrito como ⟨ç̠⟩, ⟨ç˗⟩ (ambos os símbolos denotam um ⟨ç⟩ retraído) ou ⟨x̟⟩ (⟨x⟩ avançado). Os símbolos X-SAMPA equivalentes são C_- e x_ +, respectivamente.[1]

O símbolo ç é a letra c com uma cedilha, usada para soletrar palavras em francês e português, como façade e ação. No entanto, o som representado pela letra ç na ortografia francesa e portuguesa não é uma fricativa palatina surda, mas sim /s/, a fricativa alveolar surda.

As fricativas palatais são fonemas relativamente raros e apenas 5% das línguas do mundo têm /ç/ como fonema.[2] O som ocorre, entretanto, como um alofone de /x/ em alemão ou, em outras línguas, de /h/ nas proximidades das vogais anteriores.

Especialmente na transcrição ampla, a fricativa pós-palatal surda pode ser transcrita como uma fricativa velar surda palatalizada (⟨xʲ⟩ no AFI, x' ou x_j no X-SAMPA).

Alguns estudiosos também postulam a aproximação palatal surda distinta da fricativa. A aproximante pode ser representada no AFI como ⟨j̊⟩. A distinção não é reconhecida pela International Phonetic Association.

Remove ads

Características

  • Sua forma de articulação é fricativa, o que significa que é produzida pela constrição do fluxo de ar por um canal estreito no local de articulação, causando turbulência.[2]
  • Seu ponto de articulação é palatal, o que significa que é articulado com a parte média ou posterior da língua elevada ao palato duro. A outra variante pós-palatina idêntica é articulada ligeiramente atrás do palato duro, fazendo com que soe um pouco mais perto do velar [x].[2]
  • Sua fonação é surda, o que significa que é produzida sem vibrações das cordas vocais.[2]
  • Em alguns idiomas, as cordas vocais estão ativamente separadas, por isso é sempre surda; em outras, as cordas vocais são frouxas, de modo que pode assumir a abertura de sons adjacentes. É uma consoante oral, o que significa que o ar só pode escapar pela boca.
  • É uma consoante central, o que significa que é produzida direcionando o fluxo de ar ao longo do centro da língua, em vez de para os lados.
  • O mecanismo da corrente de ar é pulmonar, o que significa que é articulado empurrando o ar apenas com os pulmões e o diafragma, como na maioria dos sons.
Remove ads

Ocorrência

Palatal

Mais informação Língua, Palavra ...

Pós-palatal

Mais informação Língua, Palavra ...
Remove ads

Referências

  1. Lithuanian Grammar, Vilnius: Institute of the Lithuanian Language. [S.l.: s.n.]
  2. Maddieson; Ladefoged, Ian; Peter (1996). The Sounds of World's Languages. [S.l.: s.n.]
  3. Basbøll (2005), pp. 65–66.
  4. Wells, John C (29 de janeiro de 2009), «A huge query», John Wells's phonetic blog, consultado em 13 de março de 2016
  5. Ball & Watkins (1993), pp. 300–301.
  6. Mathiassen (1996), pp. 22–23).

Bibliografia

  • Ambrazas, Vytautas; Geniušienė, Emma; Girdenis, Aleksas; Sližienė, Nijolė; Valeckienė, Adelė; Valiulytė, Elena; Tekorienė, Dalija; Pažūsis, Lionginas (1997), Ambrazas, Vytautas, ed., Lithuanian Grammar, ISBN 978-9986-813-22-4, Vilnius: Institute of the Lithuanian Language
  • Arvaniti, Amalia (2007), «Greek Phonetics: The State of the Art» (PDF), Journal of Greek Linguistics, 8: 97–208, CiteSeerX 10.1.1.692.1365Acessível livremente, doi:10.1075/jgl.8.08arv, consultado em 11 de dezembro de 2013, cópia arquivada (PDF) em 11 de dezembro de 2013
  • Basbøll, Hans (2005), The Phonology of Danish, ISBN 978-0-203-97876-4
  • Canellada, María Josefa; Madsen, John Kuhlmann (1987), Pronunciación del español: lengua hablada y literaria, ISBN 978-8470394836, Madrid: Castalia
  • Collins, Beverley; Mees, Inger M. (2003) [First published 1981], The Phonetics of English and Dutch, ISBN 978-9004103405 5th ed. , Leiden: Brill Publishers
  • Cox, Felicity; Fletcher, Janet (2017) [First published 2012], Australian English Pronunciation and Transcription, ISBN 978-1-316-63926-9 2nd ed. , Cambridge University Press
  • Damirchizadeh, A (1972), Modern Azerbaijani Language: Phonetics, Orthoepy and Orthography, Maarif Publ
  • Göksel, Asli; Kerslake, Celia (2005), Turkish: a comprehensive grammar, ISBN 978-0415114943, Routledge
  • Grønnum, Nina (2005), Fonetik og fonologi, Almen og Dansk, ISBN 978-87-500-3865-8 3rd ed. , Copenhagen: Akademisk Forlag
  • Heijmans, Linda; Gussenhoven, Carlos (1998), «The Dutch dialect of Weert» (PDF), Journal of the International Phonetic Association, 28 (1–2): 107–112, doi:10.1017/S0025100300006307
  • Henderson, Michael M. T. (1983), «Four Varieties of Pashto», Journal of the American Oriental Society, 103 (3): 595–597, JSTOR 602038, doi:10.2307/602038
  • Kristoffersen, Gjert (2000), The Phonology of Norwegian, ISBN 978-0-19-823765-5, Oxford University Press
  • Ladefoged, Peter; Maddieson, Ian (1996), The sounds of the World's Languages, ISBN 978-0-631-19815-4, Oxford: Blackwell
  • Mathiassen, Terje (1996), A Short Grammar of Lithuanian, ISBN 978-0893572679, Slavica Publishers, Inc.
  • Oftedal, M. (1956), The Gaelic of Leurbost, Oslo: Norsk Tidskrift for Sprogvidenskap
  • Okada, Hideo (1999), «Japanese», in: International Phonetic Association, Handbook of the International Phonetic Association: A Guide to the Use of the International Phonetic Alphabet, ISBN 978-0-52163751-0, Cambridge University Press, pp. 117–119
  • Pop, Sever (1938), Micul Atlas Linguistic Român, Muzeul Limbii Române Cluj
  • Roach, Peter (2009), English Phonetics and Phonology: A Practical Course, ISBN 978-0-521-71740-3, 1 4th ed. , Cambridge: Cambridge University Press
  • Silverman, Daniel; Blankenship, Barbara; Kirk, Paul; Ladefoged, Peter (1995), «Phonetic Structures in Jalapa Mazatec», The Trustees of Indiana University, Anthropological Linguistics, 37 (1): 70–88, JSTOR 30028043
  • Siptár, Péter; Törkenczy, Miklós (2007), The Phonology of Hungarian, The Phonology of the World's Languages, Oxford University Press
  • Sjoberg, Andrée F. (1963), Uzbek Structural Grammar, Uralic and Altaic Series, 18, Bloomington: Indiana University
  • Watson, Kevin (2007), «Liverpool English» (PDF), Journal of the International Phonetic Association, 37 (3): 351–360, doi:10.1017/s0025100307003180
  • Yanushevskaya, Irena; Bunčić, Daniel (2015), «Russian», Journal of the International Phonetic Association, 45 (2): 221–228, doi:10.1017/S0025100314000395Acessível livremente Parâmetro desconhecido |doi-access= ignorado (ajuda)
  • Ball, Martin J.; Watkins, T. Arwyn (1993), The Celtic Languages, ISBN 978-0-415-28080-8, Routledge Reference Grammars, Routledge
Mais informação Consoantes, Bilabial ...
Remove ads
Loading related searches...

Wikiwand - on

Seamless Wikipedia browsing. On steroids.

Remove ads