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Sarcófago (banda)
banda musical Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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Sarcófago foi uma banda brasileira de metal extremo formada em 1985. Eles eram liderados pelo vocalista original do Sepultura, Wagner Lamounier, e Geraldo Minelli.
Este artigo ou se(c)ção está a ser traduzido. (Agosto de 2025) |

A capa do álbum de estreia da banda, I.N.R.I., é considerada uma grande influência no estilo corpse paint do black metal.[1] Esse disco também é considerado um dos álbuns da "primeira onda" que ajudou a moldar o gênero.
A banda se separou em 2000, após o lançamento do EP Crust. Os ex-integrantes, exceto Wagner, tocaram por todo o Brasil em 2006 sob o nome Tributo ao Sarcófago. Em 2009, surgiram rumores de que a formação original do I.N.R.I. estava se reunindo para uma pequena turnê de alto nível, mas se provaram falsos.[2] Uma reedição de seu catálogo anterior está em andamento, um esforço conjunto entre a Cogumelo Records e a gravadora americana Greyhaze.[3]
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História
Resumir
Perspectiva
Primeiros Anos e I.N.R.I. (1985-1988)
Sarcófago foi formado em 1985 em Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil.[4] Igualmente em dívida com o hardcore punk finlandês e os primeiros grupos de metal extremo como Bathory, Celtic Frost e Slayer,[5] o objetivo do Sarcófago era criar a música mais agressiva de todos os tempos.[6] Wagner Lamounier, que se separou acrimoniosamente do Sepultura em março de 1985,[7] foi convidado a se juntar à banda.[8] Embora o Sepultura nunca tenha gravado nada com Lamounier, ele contribuiu com a letra da música "Antichrist" em seu EP Bestial Devastation.[9] A estreia do Sarcófago em vinil foi no álbum split da Cogumelo Produções, Warfare Noise I, lançado originalmente em 1986. O Sarcófago contribuiu com as três faixas "Recrucify", "The Black Vomit" e "Satanas". Sua música e letras foram consideradas chocantes na época, algo que lhes trouxe uma quantidade considerável de atenção.[10] A formação da banda naquele momento consistia em "Butcher" (guitarras), "Antichrist" (Lamounier; vocais), "Incubus" (Geraldo Minelli; baixo) e "Leprous" (Armando Sampaio; bateria).[11]
Com o novo baterista "D.D. Crazy"[12] — aclamado como um pioneiro no mundo do metal por seu uso extensivo de blast beats neste álbum[13] — Sarcófago lançou I.N.R.I. em julho de 1987.[4] O traje da banda na capa do álbum — corpse paint, jaquetas de couro e cintos de bala — é considerado a primeira declaração definitiva da apresentação visual e do estilo do black metal.[14] A música foi igualmente influente, um marco no desenvolvimento do gênero.[15] Apesar do status agora lendário do disco, Lamounier estava insatisfeito com os resultados finais, expressando reclamações sobre a qualidade das sessões de gravação e a banda sendo atormentada por conflitos internos.[5] Após o lançamento de I.N.R.I., o Sarcófago se separou brevemente. Lamounier se mudou para Uberlândia para estudar economia na Universidade Federal de Uberlândia (UFU), enquanto Butcher e seu irmão D.D. Crazy deixaram o grupo.[6] Este último tocaria bateria na estreia do Sextrash, Sexual Carnage, de 1990.[8]
Rotting (1989-1990)
Quando Rotting foi lançado, gerou uma enorme controvérsia devido à sua arte de capa — uma figura tradicional de um ceifador lambendo o que parece ser o rosto de Jesus Cristo.[16] Foi baseado em uma pintura medieval. O próprio artista da capa, Kelson Frost, recusou-se a pintar uma coroa de espinhos sobre a cabeça do homem, o que o identificaria prontamente como o messias cristão.[17]
O Rotting difere musicalmente do black metal cru e hiperveloz do I.N.R.I. Session. O baterista "Joker" trouxe um conjunto diferente de influências para a banda (como crossover thrash); Wagner também aprendeu rapidamente a tocar guitarra e contribuiu com muitos dos riffs de guitarra do álbum.[17] O Rotting também marcou sua primeira mudança de pseudônimos: a dupla principal do grupo se renomeou "Wagner Antichrist" e "Gerald Incubus". Seu departamento visual também passou por mudanças - eles abandonaram os pregos nos braços e pernas porque dificultavam tocar ao vivo.[18]
Rotting foi o primeiro lançamento do Sarcófago a ter distribuição internacional, administrado na Europa pela gravadora britânica Music for Nations,[18] e pela Maze/Kraze na América.[19] A Maze Records lançou uma versão censurada de Rotting, apagando a capa original e adicionando um adesivo que dizia "Apresentando o vocalista original do Sepultura" sem consultar a banda. Enfurecido pelas ações da gravadora, o Sarcófago os processou.[6]
The Laws of Scourge (1991–1993)
Em seguida veio The Laws of Scourge (1991), considerado uma "revolução" na carreira da banda.[10] Uma combinação de melhor musicalidade,[20] valores de produção aprimorados,[10] e composições mais sofisticadas[20] os colocou no território do death metal técnico.[8] A nova direção musical do Sarcófago foi parcialmente influenciada pelos novos membros Fábio "Jhasko" (guitarra) e Lúcio Olliver (bateria),[21] e inspirada por uma nova safra de bandas de metal extremo como Godflesh, Paradise Lost, Bolt Thrower, Deicide e Morbid Angel.[22]
The Laws of Scourge se tornou o disco mais vendido do Sarcófago e responsável por sua agenda de turnês mais extensa até hoje.[21] Sua turnê também incluiu suas primeiras datas internacionais: eles visitaram países da América do Sul, como Peru e Chile, e na Europa fizeram shows em Portugal e Espanha.[6] No Brasil, seu show mais importante foi abrir para os pioneiros do crossover thrash do Texas, Dirty Rotten Imbeciles, em São Paulo.[17]
Hate (1994-1996)
No aspecto musical, Hate se destaca pela sua abordagem despojada e direta, além do uso de uma bateria eletrônica, o que gerou alguma polêmica. Lamounier afirmou não ter hesitado em empregar esse dispositivo, argumentando que a maioria dos bateristas de death metal utiliza trigger pads para fins de gravação, resultando, em última instância, no mesmo som uniformizado de uma bateria eletrônica.[23]
Em um gesto de protesto contra o padrão masculino de cabelos longos que havia se tornado popular devido ao enorme sucesso do grunge no início dos anos 1990, a banda optou por cortar os cabelos curtos. Homens com cabelos longos historicamente estiveram associados a grupos contraculturais e são uma presença marcante na subcultura dos metalheads. Wagner expressou:
"Todos os indivíduos por aí ostentando cabelos compridos, camisetas do Nirvana e do Pearl Jam, entre outros. Não temos nada contra essas bandas, mas somos contrários a seguir a multidão. Não é saudável quando algo se torna uma moda, pois a massificação empobrece as pessoas."
No final de 1995, o Sarcófago lançou a compilação Decade of Decay, que incluía, entre outras coisas, versões demo de suas primeiras músicas e fotos raras dos bastidores. A banda descreveu o CD como um "presente" para seus fiéis seguidores.[24]
The Worst e Crust (1996–2000)
The Worst (1996), quarto e último álbum do Sarcófago, representa uma mudança de ritmo em relação ao rápido e frenético Hate, enquanto demonstra uma maior destreza na programação da bateria. Minelli e Lamounier encararam este álbum como um "resumo" de suas carreiras.
Com a chegada do novo milênio, surgiu o EP Crust, que acabou sendo o canto do cisne do Sarcófago. Inicialmente planejado como uma amostra de um próximo álbum, a dupla central da banda se separou antes mesmo de iniciar o processo de gravação.[23]
Turnê de Tributo ao Sarcófago (2006–2009)
Em celebração aos 20 anos do lançamento do split Warfare Noise, a Cogumelo Records e Gerald Incubus uniram esforços para organizar um show de reunião do Sarcófago em Belo Horizonte. A formação deste evento especial incluiu, além de Minelli, Fábio Jhasko nas guitarras, Manu Joker e o longevo amigo Juarez "Tibanha" nos vocais. Essa apresentação memorável foi registrada, e há planos de lançá-la em formato de DVD. Lamounier optou por não fazer parte desse projeto da banda "Tributo ao Sarcófago", devido à sua falta de interesse em retomar a música como uma carreira profissional. No entanto, Wagner segue perseguindo seus interesses musicais e está envolvido na banda de crust punk Commando Kaos.[25]
Em outubro de 2007, o Sarcófago embarcou para Santiago, Chile, para participar do Black Shadows Festival, onde se apresentou ao lado dos pioneiros do death metal, Possessed.[23]
Em março de 2009, Wagner supostamente anunciou que o Sarcófago estava planejando uma reunião, com um itinerário de turnê que incluiria apresentações em festivais como Wacken Open Air e Hole in the Sky, além de datas em cidades como Londres, Nova York, Los Angeles e Tóquio. Ele afirmou que esta reunião contaria com a formação original de I.N.R.I., mas que não haveria material novo. No entanto, poucos dias depois, Lamounier contradisse essa notícia, afirmando à imprensa musical que se tratava de uma farsa.[25]
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Integrantes
Última formação
- Wagner Lamounier — vocal, guitarra (1985-2000)
- Gerald Minelli — baixo, vocal (1986-2000)
- Eduardo Patrocínio — bateria (1986-1987),(1996-2000)
- Eugênio "Dead Zone" — teclado, bateria programada (1991-2000)
Ex-membros
- Armando Sampaio — bateria (1985-1986)
- Juninho — baixo (1985-1986)
- Zéder Patrocínio — guitarra (1985-1987)
- Manuel Henriques — bateria (1989-1991)
- Fábio Jhasko — guitarra (1991-1993)
- Lucio Olliver — bateria (1991-1993)
Linha do tempo

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Discografia
Álbuns de estúdio
- (1987) I.N.R.I.
- (1991) The Laws of Scourge
- (1994) Hate
- (1997) The Worst
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