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Heliconius sara apseudes

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Heliconius sara apseudes
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Heliconius sara apseudes é uma subespécie de inseto, uma borboleta neotropical da família Nymphalidae e subfamília Heliconiinae.[1] É endêmica da região de floresta tropical e subtropical úmida atlântica do nordeste, sudeste e sul do Brasil, entre Pernambuco[2] e o Rio Grande do Sul,[3] chegando a sua distribuição geográfica até a Argentina.[4] No Brasil, ela pode receber a denominação vernácula de crista-de-galo,[5] tendo sido classificada por Jakob Hübner, com a denominação de Nerëis apseudes, no ano de 1813.[1]

Factos rápidos Classificação científica, Nome binomial ...
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Heliconius sara

Heliconius sara apseudes é uma das variações, ou subespécies, de Heliconius sara (Fabricius, 1793), uma espécie que habita a América Central e do Sul,[6] do México[1] até a Argentina,[4] e que inclui uma variedade de variantes geográficas. A maioria das suas diferenças morfológicas relaciona-se com a forma da faixa próxima ao ápice da asa anterior, que varia de quase redonda a uma barra estreita.[6][7] Para o não especialista, Heliconius sara se assemelha muito com Heliconius wallacei, uma espécie envolvida em padrões de mimetismo mülleriano com sara na maior parte de sua região de ocorrência.[8]

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Hábitos e habitat

Esta borboleta geralmente voa lentamente e a uma altura baixa, em habitats de beira de floresta como clareiras e trilhas, vegetação de restinga e praias; porém, é também comum em vários tipos de ambientes antrópicos como jardins e parques de cidades, onde procuram o néctar de flores.[9] Os adultos dormem durante a noite em grupos empoleirados de até cem indivíduos.[2] Sua longevidade é de aproximadamente seis meses.[9]

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Aposematismo e mimetismo

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Perspectiva

Suas lagartas, gregárias, se alimentam de plantas do gênero Passiflora (família Passifloraceae).[9] São evitadas por predadores devido às substâncias tóxicas que assimilam de sua planta-alimento. Os adultos também são evitados,[10] apresentando suas asas moderadamente longas e estreitas, de coloração predominante em negro aveludado, vistas por cima, com a presença de uma mancha azulada cintilante nas asas anteriores e posteriores, próxima ao corpo do inseto, e duas faixas transversais amareladas em suas asas anteriores, com a mais estreita próxima ao ápice da asa.[11][12] Seus indivíduos podem atingir até pouco mais de sete centímetros de envergadura.[4] Vista por baixo ela possui uma série de pontuações avermelhadas e enfileiradas em suas asas posteriores.[13][14] Outras espécies e subespécies as mimetizam na bacia do rio Amazonas, como Heliconius sara sara,[15] e na região do Pantanal, como Heliconius wallacei flavescens,[16] tornando a correta identificação mais criteriosa.

Referências

  1. Savela, Markku. «Heliconius sara» (em inglês). Lepidoptera and some other life forms. 1 páginas. Consultado em 20 de janeiro de 2018
  2. OTERO, Luiz Soledade; MARIGO, Luiz Claudio (1990). Borboletas. Beleza e comportamento de espécies brasileiras 1ª ed. [S.l.]: Marigo Comunicação Visual. p. 43. 128 páginas. ISBN 85-85352-01-9
  3. Iserhard, Cristiano Agra; Silva, Ana Kristina; Quadros, Marina Todeschini de; Castro, Daniel Souza; Romanowski, Helena Piccoli (2010). «Lepidoptera, Nymphalidae, Heliconiinae, Heliconius sara apseudes (Hübner, 1813): Distribution extension» (em inglês). Check List: Journal of Species Lists and Distribution. pp. 316–318. Consultado em 20 de janeiro de 2018
  4. PALO JR., Haroldo (2017). Butterflies of Brazil / Borboletas do Brasil, volume 2. Nymphalidae 1ª ed. São Carlos, Brasil: Vento Verde. p. 960-961. 1.728 páginas. ISBN 978-85-64060-10-4
  5. SANTOS, Eurico (1985). Zoologia Brasílica, vol. 10. Os Insetos 2ª ed. [S.l.]: Itatiaia. p. 43. 244 páginas
  6. Beltrán, Margarita; Brower, Andrew V. Z. (12 de agosto de 2008). «Heliconius sara (Fabricius, 1793)» (em inglês). Tree of Life Web Project. 1 páginas. Consultado em 20 de janeiro de 2018
  7. Demaio, Massimo. «Heliconius sara (Fabricius, 1793)» (em inglês). Heliconius butterflies. 1 páginas. Consultado em 20 de janeiro de 2018
  8. Savela, Markku. «Heliconius wallacei» (em inglês). Lepidoptera and some other life forms. 1 páginas. Consultado em 20 de janeiro de 2018
  9. OTERO, Luiz Soledade (1986). Borboletas. Livro do Naturalista (21 X 28cm) 1ª ed. Rio de Janeiro: Ministério da Educação - FAE. p. 75-76. 112 páginas. ISBN 85-222-0195-1
  10. SMART, Paul (1975). The Illustrated Encyclopaedia of the Butterfly World, In Colour. Over 2.000 species reproduced life size (em inglês). London: Salamander Books Ltd. p. 180. 274 páginas. ISBN 0-86101-101-5
  11. Lopes, Antonio CBC (21 de abril de 2008). «Heliconius sara apseudes (Hübner, [1813] (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 20 de janeiro de 2018
  12. Garwood, kim (2011). «Heliconius sara apseudes (Hübner, [1813]), vista superior» (em inglês). Butterflies of America. 1 páginas. Consultado em 20 de janeiro de 2018
  13. Hisi, Fernanda (3 de maio de 2017). «Heliconius sara apseudes» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 20 de janeiro de 2018
  14. Garwood, kim (2011). «Heliconius sara apseudes (Hübner, [1813]), vista inferior» (em inglês). Butterflies of America. 1 páginas. Consultado em 20 de janeiro de 2018
  15. PALO JR., Haroldo (Op. cit., p.958-959.).
  16. PALO JR., Haroldo (Op. cit., p.962-963.).
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Ligações externas

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