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Loulé
município do Algarve, Portugal Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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Loulé é uma cidade portuguesa no distrito de Faro, sub-região (NUT III) e região (NUT II) Algarve, com 15 574 habitantes (2021).[1] É sede do Município de Loulé, o mais extenso e populoso do Algarve com 763,67 km² de área[2] e 72 344 habitantes (censo de 2021)[3][4] subdividido em 9 freguesias.[5]
O município de Loulé é limitado a norte pelo município de Almodôvar, a nordeste por Alcoutim e Tavira, a leste por São Brás de Alportel, a sudeste por Faro, a sudoeste por Albufeira, a oeste por Silves e a sul tem litoral no Oceano Atlântico. O município de Loulé engloba duas cidades, Loulé e Quarteira, e nele localiza-se o Santuário de Nossa Senhora da Piedade (Mãe Soberana).
No município de Loulé situam-se os complexos turísticos de Vilamoura/Quarteira, Quinta do Lago e Vale do Lobo (os dois últimos na freguesia de Almancil).
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História
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Perspectiva
Com o valioso contributo da arqueologia, sabe-se, hoje, que a presença do homem no município de Loulé remonta ao Paleolítico Antigo. Nos milénios seguintes, no período da Era dos Metais, intensifica-se a incursão dos povos do Mediterrâneo Oriental, que progressivamente penetram no Sudoeste Peninsular, culminando com a chegada dos fenícios e dos cartagineses. Estes fundaram as primeiras feitorias na orla marítima do território do actual município, promovendo a pesca, a prospecção da metalurgia e a actividade comercial.
(ponte romana da Tor)
Antiguidade e Alta Idade Média
A partir dos meados do século II a.C., após a Segunda Guerra Púnica, os Romanos dão novo impulso às actividades económicas desenvolvendo a indústria conserveira, a agricultura e a exploração mineira do cobre e do ferro.
Período Muçulmano
Com a conquista dos Muçulmanos, no século VIII, nasce a urbe medieval, que virá a gerar a cidade histórica actual. Al-'Ulya' (Loulé) é-nos descrita, pela primeira vez, nas vésperas da reconquista cristã, nas crónicas árabes de Ibne Saíde e Abd Aluhaid, como sendo uma pequena Almedina (Cidade) fortificada e próspera, pertencendo ao Reino de Niebla, sob o comando do Taifa Ibne Mafom.
Reconquista Cristã
Em 1249, Dom Afonso III auxiliado por D. Paio Peres Correia, Cavaleiro e Mestre da Ordem de Santiago, conquista o Castelo de Loulé aos "mouros", fazendo a sua integração plena na Coroa Portuguesa, no momento em que concede o primeiro foral à "Vila" em 1266.
No período dos "Descobrimentos e Expansão Marítima", a região do Algarve, nomeadamente Loulé, inicia um novo ciclo de crescimento económico. A actividade comercial foi reanimada.
Século XVIII
Na primeira metade do século, durante o reinado de Dom João V, Portugal viveu um clima de prosperidade económica sustentado pelo ouro do Brasil. Tirando proveito da actividade artística e cultural inserida no espírito do Barroco, o interior das igrejas e capelas da vila são enriquecidas e valorizadas com excelentes retábulos em talha dourada e em azulejaria, obras que foram executadas pelos melhores artífices da região e fábricas do país. O terramoto de 1755 destruiu grande parte da Vila de Loulé.
Século XIX
A grande evolução dos transportes, com a construção da linha férrea no Algarve em 1887 e o desenvolvimento das vias de comunicação, contribuíram no seu conjunto para a profunda mudança no modo de viver da população. No entanto, algumas infraestruturas e equipamentos básicos só no decorrer do século XX passaram a ser equacionados de forma prioritária.
Século XX
O crescimento da cidade apoiou-se numa nova melhoria das vias de comunicação e na exploração mineira, a qual atraiu mais gente a Loulé, o que se traduziu numa acelerada actividade de construção civil em todo o município.
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Clima
Loulé tem um clima mediterrânico com verões quentes e secos e invernos suaves e húmidos. A temperatura no verão varia de 19°C a 27°C e no inverno de 8°C a 14°C. A duração do sol é importante com 2.500 horas por ano.
Freguesias

O município de Loulé está dividido em 9 freguesias:
Demografia
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Perspectiva
De acordo com os dados do INE o distrito de Faro registou em 2021 um acréscimo populacional na ordem dos 3.7% relativamente aos resultados do censo de 2011. No concelho de Loulé esse acréscimo rondou os 2.6.
★ Número de habitantes que tinham a residência oficial neste município à data em que os censos se realizaram.
★★ De 1900 a 1950, os dados referem-se à população "de facto", ou seja, aquela que estava presente no município à data em que os censos se realizaram. Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente.
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Economia
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Perspectiva
Turismo


No município de Loulé, encontram-se alguns dos locais mais cobiçados do país. Destaca-se Vilamoura, que é o maior (?) complexo turístico da Europa. Dispõe de marina, uma academia de golfe e cinco campos de golfe, um casino, várias discotecas, clube de ténis, clube de mergulho, outras instalações de lazer, uma extensa praia, e dezenas de hotéis de 5 e 4 estrelas. Iniciada na década de 1960, Vilamoura tem uma área de 1600 hectares. O projecto arquitectónico desenvolve-se em torno da marina e inclui centenas de vivendas distribuídas pela zona residencial, e outros empreendimentos dedicados quase exclusivamente ao turismo.
Extracção Mineira
A mina de sal-gema, localizada em Loulé, surgiu aquando da mutação geológica que resultou na separação entre a Europa e África, que criou o Mar Mediterrânico, há 250 milhões de anos, ainda antes da era Jurássica. A cobertura de uma enorme massa de água salgada pela terra num período relativamente curto resultou no enorme torrão de pelo menos um quilómetro de profundidade, que hoje se estende a Leste de Loulé e não se sabe onde acaba. Há quem diga que ramos dessa linha de sal poderão atingir as proximidades de Barcelona, onde há uma jazida semelhante. Com início 90 m abaixo da superfície – após uma camada de calcário (1 aos 45 m) e outra de gesso (45 aos 90 m) -, a mina já foi explorada até aos 313 m de profundidade, mas as enormes galerias feitas pelo homem situam-se em dois níveis, a 230 e 260 m de profundidade. A primeira galeria situa-se 64 m abaixo do nível do mar. Antes realizada a poder de dinamite, picaretas e martelos pneumáticos, actualmente a extracção de sal é feita com uma máquina de perfuração, a que os trabalhadores chamam “roçadora”. Após esse trabalho, os camiões que circulam no interior das galerias (algumas maiores do que um túnel rodoviário comum) levam o minério a uma máquina que o desfaz e leva ao poço de transporte de material, até à superfície. Uma parte significativa da produção é exportada, onde é utilizado sobretudo para o fabrico de descongelante para as estradas europeias. A mina foi descoberta há meio século, graças a um furo realizado numa propriedade em Campinas de Cima.
Actualmente e depois de décadas de aumento na sua produção, a mina louletana está a diminuir a sua produção, contudo, a empresa que procede à sua exploração pretende inserir a mina no roteiro turístico da região algarvia. O sal produzido, mais “salgado” que o utilizado nas cozinhas, não serve para alimentação humana. Para as novas tarefas “terciárias”, terão que ser instalados no subsolo, entre 230 e 260 m de profundidade, equipamentos como uma secção multimédia em que se explique aos visitantes o que é e para que serve a mina. Poderão ainda vir a ser construídas outras infraestruturas, tais como um restaurante, zonas de vendas baseadas nas pedras de sal (da pedra de sal-gema podem ser feitos candeeiros, esculturas e pisa-papéis, por exemplo), além de terem que ser abertos novos poços para instalar elevadores que substituam as “gaiolas” por onde agora descem e sobem os trabalhadores.
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Património
Património não religioso
- Bicas Velhas[7]
- Castelo de Loulé
- Castelo de Salir
- Estãdio Algarve
- Farol de Vilamoura
- Fonte Grande e Fonte Pequena[8]
- Fontes, nomeadamente a da Benémola[9] com antigos fornos de Cal[10] e moinho de Água[11]
- Forte Novo ou Forte da Armação[12]
- Mercado Municipal de Loulé
- Museu Casa Rosa
- Museu na aldeia da Penina[13]
- Palácio da Fonte da Pipa
- Palácio Gama Lobo
- Pátio de D. Antónia[14]
- Pólo Museológico da Água
- Ponte dos Álamos
- Ponte romana de Tôr
- Queda do Vigário (ou Cascata de Alte)
- Rocha da Pena
- Ruínas romanas do Cerro da Vila
- Vilamoura
- Marina de Vilamoura
- Fonte Grande, Alte
- Recanto dos arredores de Alte
- Estádio Algarve
- Rua Doutor João Batista Ramos Faísca, Boliqueime
- Casa do poeta Cândido Guerreiro, em Alte
- Junta de freguesia de Salir
- Marina de Cavacos, Quarteira
- Farol de Vilamoura
- Centro de Alte
- Alte, piscina fluvial da Fonte Grande
- Vista de Alte
- Colinas de Alte
- Centro de Alte
- Centro de Alte
Património religioso
- Capela de Nossa Senhora da Conceição (Loulé)[15]
- Capela de Nossa Senhora do Pé da Cruz
- Capela de São Luís[16]
- Convento de Santo António (Loulé)
- Convento do Espírito Santo
- Ermida da Nossa Senhora do Bom Sucesso, em Vale Judeu[17]
- Ermida de São João da Venda[18]
- Igreja da Graça ou Testemunhos da Igreja da Graça
- Igreja da Misericórdia de Loulé ou Igreja de Nossa Senhora dos Pobres[19]
- Igreja da Nossa Senhora da Boa Hora[20]
- Igreja de Nossa Senhora da Conceição, matriz de Quarteira[21]
- Igreja de S. Faustino e Museu[22]
- Igreja de São Francisco (Loulé)[23]
- Igreja de São Lourenço de Almancil
- Igreja de São Pedro do Mar[24]
- Igreja de Vilamoura[25]
- Igreja Matriz de Alte ou Igreja de Nossa Senhora da Assunção
- Igreja Matriz do Ameixial
- Igreja Matriz de Benafim[26]
- Igreja Matriz de Boliqueime[27]
- Igreja Matriz de Loulé ou Igreja de São Clemente[28]
- Igreja Matriz de Querença
- Igreja Matriz de Tôr[29]
- Cruzeiro de Querença
- Santuário de Nossa Senhora da Piedade (Mãe Soberana)
- Igreja de São Sebastião, Salir
- São Lourenço, Almancil
- Igreja no Ameixial
- Igreja Matriz de Loulé ou Igreja de São Clemente
- Igreja Nossa Senhora da Assunção, Querença
- Igreja de Benafim
- Querença
- Cruzeiro em Alte
- Alte
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Cultura
- Museu Municipal de Loulé
Eventos
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Perspectiva
- Carnaval
A cidade é conhecida nacional e internacionalmente por ter um dos mais belos desfiles carnavalescos.
- Festival MED
Incluído no roteiro dos maiores festivais de “World Music” da Europa, o Festival MED tem lugar no Centro Histórico de Loulé. Para além de um alinhamento musical que traz a Portugal os melhores nomes das músicas do mundo, este festival passa também pela mostra gastronómica, pelas artes plásticas, animação de rua, artesanato, dança, "workshops", e muito mais, com um claro objectivo de divulgar a cultura dos países da Bacia do Mediterrâneo. O MED surgiu em 2004, na tentativa de concretizar um festival de “música diferente e único”, que potenciasse a promoção do município e permitisse qualificar e diversificar a oferta turística. Assim, promover e revitalizar a zona histórica da cidade, numa perspectiva de dinamização cultural e, simultaneamente, de divulgação da cultura do Mediterrâneo, e da imagem turística em tempo de verão constituem, em termos gerais, os objectivos da sua realização. O MED continuará a desenvolver uma ideia inovadora e diferenciadora e afirmar-se-á como um evento de qualidade e de referência, resultando numa aposta ganha, pelos níveis de adesão, notoriedade e popularidade internacional entretanto alcançados. Tem já uma identidade própria e integra uma imagem de marca, que lhe confere destaque em alguns roteiros dos festivais temáticos, nomeadamente de “Músicas do Mundo”, nos planos estivais de além-fronteiras.
- Noite Branca
A “Noite Branca” tem origem em algumas cidades europeias e norte-americanas e é normalmente associado a iniciativas de cariz humanitário ou de solidariedade social. Na Europa, nas zonas turísticas, o conceito urbano de Noite Branca evoluiu entretanto para uma vertente também comercial, associando a música à animação de rua, com o comércio aberto num novo conceito de "lifestyle", onde o "glamour" e a alegria ganham forma, e onde as baixas das cidades ou os seus centros ganham uma nova dinâmica. A “Noite Branca” em Loulé nasceu em 2007. No último sábado de agosto, na “ressaca” do escaldante verão algarvio, o centro da cidade, numa área aproximada de um quilómetro quadrado, vive momentos únicos de puro prazer. O comércio está aberto e engalanado de branco, com montras decoradas a rigor e os assistentes vestidos a preceito. Ourivesarias, sapatarias, grandes marcas de roupa… tudo com descontos para quem estiver de branco! A Cerca do Convento, área central da cidade, é palco de um cenário edílico, onde o branco representa o factor de união entre os diversos elementos. Os bares estão na rua e a rua ganha vida. Nas diversas praças, ruas, cantos e recantos há animação… Pelas ruas o ritmo é imparável. Mais de trinta artistas de rua dão alma e cor aos milhares de visitantes esperados. Malabaristas, cuspidores de fogo, homens-estátua, palhaços, mágicos, animadores… todos de branco! E também arte urbana.A decoração das ruas tem assinatura de Maria Raposo, prestigiada decoradora de interiores que tem em Loulé um desafio sem precedentes.
- Festa da Mãe Soberana
É uma procissão anual da imagem da Nossa Senhora da Piedade. No domingo de Pascoa, ocorre a chamada festa pequena, onde a imagem da Nossa Senhora é levada do seu santuário até à Igreja de São Francisco. Após 15 dias, realiza-se a chamada Festa Grande, onde a imagem irá estar no espaço no monumento do Eng. Duarte Pacheco durante a missa, e posteriormente levada numa grande procissão, ao som das bandas, até ao cimo do serro, onde se encontra o santuario. Mais informação em «Lenda da Mãe Soberana» e em «Turismo Diocese do Algarve - Mãe Soberana, em Loulé: a grande romaria algarvia»
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Desporto
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Perspectiva
O principal clube de futebol da cidade de Loulé é o Louletano Desportos Clube, que joga atualmente no Campeonato Nacional de Seniores e que tem no Futebol de Formação uma imagem de excelência, sendo uma referência a nível nacional nesta área. Também em Loulé podemos encontrar o Juventude Sport Campinense clube, que actualmente não tem futebol sénior e aposta na formação. Numa zona fronteira entre os municípios de Faro e Loulé, encontramos o Estádio Algarve, infraestrutura construída por ocasião do Euro 2004 e que é partilhada pelos dois principais clubes de futebol das duas cidades, respectivamente o Sporting Clube Farense e o Louletano Desportos Clube. Loulé tem ainda dois clubes de ciclismo, o Centro de Ciclismo de Loulé e o Clube BTT Terra de Loulé. Possui ainda três clubes de ginástica: Louletano Desportos Clube , Ginástica Clube de Loulé e Associação de Pais e Amigos da Ginástica de Loulé (APAGL). Ainda possui a única equipa de "rugby" a sul de Portugal: Rugby Club de Loulé (RCL). O ecletismo da região está também patente noutras modalidades: aqui foi criado o primeiro clube de "floorball" português - os Loulé Linces -, e tem sede um dos mais activos clubes de xadrez algarvios - o Loulé ++ Clube de Xadrez das Torres do al-Gharb.
Percursos pedestres
- PR1 LLE Ameixial[30]
- PR2 LLE Corte de Ouro[30]
- PR4 LLE Revezes[30]
- PR5 LLE Montes Novos[30]
- PR6 LLE Pé do Coelho[30]
- PR7 LLE - Percurso Pedestre do Barranco do Velho[30]
- PR8 LLE 8 Vale da Rosa[30]
- PR9 LLE Azinhal dos Mouros[30]
- PR11 LLE Amendoeira[30]
- PR12 LLE 7 Fontes[30]
- PR13 LLE Serra e Montes[30]
- PR14 LLE Tôr[30]
- PR16 LLE Fonte Benémola[30]
- PR18 LLE Rocha da Pena[30]
Praias
- Praia da Falésia (partilhada com o município de Albufeira)
- Praia de Vilamoura
- Praia de Quarteira
- Praia de Vale do Lobo
- Praia do Garrão - Poente
- Praia do Garrão - Nascente
- Praia do Ancão
- Praia da Quinta do Lago
Política
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Perspectiva
Eleições autárquicas [31]
Eleições legislativas
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Personalidades destacadas
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