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Marcio Pochmann

economista e político brasileiro Da Wikipédia, a enciclopédia livre

Marcio Pochmann
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Marcio Pochmann (Venâncio Aires, 19 de abril de 1962) é um economista, pesquisador, professor e político brasileiro, atual presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.[13] Foi presidente da Fundação Perseu Abramo de 2012 a 2020, bem como presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada entre 2007 e 2012 e secretário municipal de São Paulo de 2001 a 2004.[5][14] Filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT), não obteve êxito em suas candidaturas aos cargos de prefeito de Campinas em 2012 e 2016 e de deputado federal em 2018.[15][16]

Factos rápidos Presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Período ...

Doutor em Ciências Econômicas, Pochmann foi professor titular da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) desde 1989 até sua aposentadoria em 2020.[10][11] Mesmo após sua aposentadoria, continua na instituição como professor colaborador.[17] Também trabalhou em outras instituições de ensino, como pesquisador em universidades europeias e como consultor.[10] Enquanto escritor, foi autor de dezenas de livros sobre economia, desenvolvimento e políticas públicas.[11] Foi agraciado com o Prêmio Jabuti em 2002.[10]

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Família e educação

Pochmann nasceu em Venâncio Aires, no Rio Grande do Sul, em 1962,[9] sendo filho de Clyde Pochmann e de Lilian Pochmann.[10] É casado com Daisy,[12] com quem teve dois filhos.[10] Em 1984, graduou-se em Economia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).[18] De 1985 e 1988, cursou pós-graduação em Ciências Políticas no Centro Universitário do Distrito Federal, em Brasília, Distrito Federal.[10]

Em 1993, Pochmann concluiu doutorado em Ciências Econômicas na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp),[10][11] defendendo a dissertação intitulada Políticas do Trabalho e de Garantia de Renda no Capitalismo em Mudança.[19]

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Carreira acadêmica

Enquanto residia na capital federal, Pochmann trabalhou como supervisor no escritório regional do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e como docente na Universidade Católica de Brasília.[10] Tendo se mudado para São Paulo em 1989, foi pesquisador do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho. No mesmo ano, passou a exercer a docência no Instituto de Economia da Unicamp.[10][20]

Pochmann foi pesquisador visitante em universidades da França, Itália e Inglaterra. Como consultor, trabalhou no Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e em órgãos das Nações Unidas, incluindo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).[10]

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Cargos públicos e partidários

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Pochmann em 2010

Em 2001, Pochmann foi designado secretário municipal do Desenvolvimento, Trabalho e Solidariedade da cidade de São Paulo pela prefeita Marta Suplicy. Nesta função, foi responsável pela gestão de programas de inclusão social e geração de empregos.[21]

Em 2007, Pochmann assumiu a presidência do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), após receber convite do ministro Mangabeira Unger.[2][21] Na época, o Ipea possuía 500 servidores. A escolha de Pochmann para o cargo foi considerada um fortalecimento da ala desenvolvimentista do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.[22] Entretanto, sua gestão no instituto foi muito questionada por polêmicas relacionadas ao aparelhamento e alegações de perseguições políticas.[23][23]

Em 2012, o Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores nomeou Pochmann como presidente da Fundação Perseu Abramo, o think tank do partido.[24][25] Pochmann exerceu a função durante dois mandatos, sendo substituído por Aloizio Mercadante em 2020.[7]

Em julho de 2023, foi indicado para presidir o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva,[26] o que segundo alguns jornalistas teria causado mal-estar na equipe do Ministério do Planejamento e Orçamento.[27] Em agosto de 2023, com cerimônia na sede do ministério em Brasília, assumiu a presidência do IBGE.[28]

Em novembro, Pochmann disse numa palestra para funcionários que pretendia alterar o modelo de divulgação de pesquisas, não passando por coletivas de imprensa da grande mídia.[29]

Candidaturas eleitorais

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Em 2012, Pochmann deixou a presidência do Ipea para concorrer à prefeitura de Campinas na eleição de outubro.[30] Sua candidatura havia sido incentivada pelo ex-presidente Lula.[31] Dentre as coligações, Pochmann conseguiu os apoios dos partidos, PTC, PRP e PSD, tendo como vice a empresária e presidente da Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC), Adriana Flosi filiada ao PSD.[32] No primeiro turno, Pochmann recebeu 28,6% dos votos, ante 47,6% de Jonas Donizette,[33] que foi eleito na segunda votação com 57,7% dos votos válidos.[34]

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Marcio Pochmann e Adriana Flosi em discurso final na campanha de 2012

Em 2016, Pochmann concorreu novamente a prefeitura campineira, dessa vez sem coligação candidatou-se em chapa pura com a pedagoga Vera Faria não conseguindo fazer coligações, o que deve-se a um momento negativo do PT em 2016, e obteve 15% dos votos, ocupando o terceiro lugar da disputa, sendo superado por Donizette e Artur Orsi (PSD).[35][36][37] Nas eleições estaduais de 2018, concorreu a uma vaga na Câmara dos Deputados. Não obteve votação suficiente para ser eleito, alcançando 53.261 mil votos, ou 0,25% dos votos válidos.[16]

Desempenho eleitoral

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Publicações

Pochmann publicou até 2015 cinquenta livros sobre economia, desenvolvimento e políticas públicas.[14] Em 2002, foi agraciado com o Prêmio Jabuti na categoria "Economia, Administração, Negócios e Direito" com seu livro A Década dos Mitos.[41] Pochmann também recebeu o mesmo prêmio com outros escritores: como colaborador de Latinoamericana – Enciclopédia contemporânea da América Latina e Caribe em 2007[42] e de Crescimento Econômico e Distribuição de Renda em 2008.[43] Entre seus livros publicados, a Boitempo Editorial destacou: O emprego na globalização (2001), O emprego no desenvolvimento da nação (2008), Margem Esquerda n°15 (2010), Nova classe média? O trabalho na base da pirâmide social brasileira (2012), Margem Esquerda 23: Dossiê: Brasil, que desenvolvimento? (2014), O mito da grande classe média (2014) e Margem Esquerda 29 (2017).[5]

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Distinções

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Pochmann discursando na tribuna do Senado Federal, em 2015

Pochmann foi agraciado com as seguintes distinções:

  • 2008 - Prêmio Jabuti (50.º Prêmio Jabuti), área de Economia, Administração e Negócios, pelo livro Crescimento Econômico e Distribuição de Renda (em conjunto);[5]
  • 2007 - Prêmio Jabuti (49.º Prêmio Jabuti), área Ciências Sociais, pela Enciclopédia Contemporânea da América Latina e do Caribe (em conjunto);[42]
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Referências

  1. «Professor Márcio Pochmann toma posse como presidente do IBGE». Agência Brasil. 18 de agosto de 2023. Consultado em 18 de agosto de 2023
  2. «Marcio Pochmann assume presidência do Ipea». Agência FAPESP. 15 de agosto de 2007. Consultado em 26 de julho de 2020
  3. «Marcio Pochmann deixa a presidência do Ipea». G1. 4 de junho de 2012. Consultado em 26 de julho de 2020
  4. «Quem somos - Galeria de Presidentes». Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. 2019. Consultado em 26 de julho de 2020
  5. «Marcio Pochmann». Boitempo Editorial. 2017. Consultado em 26 de julho de 2020
  6. «Márcio Pochmann será presidente da Fundação Perseu Abramo». Sul21. 10 de dezembro de 2012. Consultado em 26 de julho de 2020
  7. «Conselho Curador da FPA aprova nova diretoria». Fundação Perseu Abramo. 3 de abril de 2020. Consultado em 26 de julho de 2020
  8. «Sobre a posse da nova diretoria e do novo Conselho Curador da FPA». Fundação Perseu Abramo. 8 de dezembro de 2008. Consultado em 26 de julho de 2020
  9. «Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais: MARCIO POCHMANN». Tribunal Superior Eleitoral. 2012. Consultado em 26 de julho de 2020
  10. «Marcio Pochmann». Anita Garibaldi. 2010. Consultado em 26 de julho de 2020
  11. «MARCIO POCHMANN: currículo». CNseg. 2020. Consultado em 26 de julho de 2020
  12. «Marcio Pochmann veste as cores do partido na hora do voto em Campinas». G1. 28 de outubro de 2012. Consultado em 26 de julho de 2020
  13. «Márcio Pochmann toma posse como presidente do IBGE». Agência Brasil. 18 de agosto de 2023. Consultado em 18 de agosto de 2023
  14. Cláudia Regina (25 de setembro de 2015). «Marcio Pochmann». Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo. Consultado em 26 de julho de 2020
  15. «PT confirma candidatura de Marcio Pochmann à Prefeitura de Campinas». G1. 30 de julho de 2016. Consultado em 26 de julho de 2020
  16. «Marcio Pochmann 1318». Gazeta do Povo. 2018. Consultado em 26 de julho de 2020
  17. «Marcio Pochmann». Biblioteca Virtual da FAPESP. 2020. Consultado em 26 de julho de 2020
  18. «"Há uma transformação no mundo do trabalho, que veio para ficar"». Revista do Instituto Humanista Unisinos. 23 de abril de 2017. Consultado em 26 de julho de 2020
  19. Márcio Pochmann (Novembro de 2000). «O desafio de uma nova geração». Unicamp. Consultado em 26 de julho de 2020
  20. «Pochmann aceita convite de Mangabeira para o Ipea». Folha de S. Paulo. 11 de agosto de 2007. Consultado em 26 de julho de 2020
  21. Célia Froufe (7 de agosto de 2011). «Pochmann é escolhido para presidir Ipea». O Estado de S. Paulo. Consultado em 26 de julho de 2020
  22. «Economista do PT, Marcio Pochmann já criticou o Pix, dirigiu o Ipea e tentou ser prefeito». Folha de S.Paulo. 26 de julho de 2023. Consultado em 28 de julho de 2023
  23. «Márcio Pochmann é o novo presidente da Fundação Perseu Abramo». Democracia Socialista. 11 de dezembro de 2012. Consultado em 26 de julho de 2020
  24. «Think tank do PT – Dilma é convidada para presidir Fundação Perseu Abramo». Sindicato dos Policiais Civis do Ex-território de Rondônia. Consultado em 26 de julho de 2020
  25. Hessel', 'Rosana (26 de julho de 2020). «Lula escolhe Marcio Pochmann para presidente do IBGE». Economia. Consultado em 27 de julho de 2023
  26. Malu Gaspar; Johanns Eller (15 de novembro de 2023). «Presidente do IBGE causa apreensão ao dizer que pretende mudar divulgação de estatísticas». O Globo. Consultado em 15 de novembro de 2023
  27. «Pochmann deixa Ipea para ser candidato do PT em Campinas». Terra. 4 de junho de 2012. Consultado em 26 de julho de 2020
  28. «Lula quer candidato 'anticorrupção' em Campinas, diz jornal». Terra. 4 de setembro de 2011. Consultado em 26 de julho de 2020
  29. «Jonas Donizette e Marcio Pochmann vão para o 2º turno em Campinas, SP». G1. 7 de outubro de 2012. Consultado em 26 de julho de 2020
  30. Fernando Pacífico e Leandro Filippi (28 de outubro de 2012). «'Não nos sentimos derrotados', diz Marcio Pochmann em Campinas». G1. Consultado em 26 de julho de 2020
  31. «Jonas Donizette, do PSB, é reeleito prefeito de Campinas, SP». G1. 2 de outubro de 2016. Consultado em 26 de julho de 2020
  32. «'Política não é carreira', diz Marcio Pochmann». Blog da Rose. 29 de agosto de 2016. Consultado em 30 de julho de 2020
  33. «Vera Faria 13 PT (Vice-Prefeita) Campinas - Guia Eleições 2016». Guia dos Candidatos. Consultado em 30 de julho de 2020
  34. «Infantil e didático são eleitos melhores livros de 2001 e ganham o Jabuti». Folha de S. Paulo. 2002. Consultado em 26 de julho de 2020
  35. «Enciclopédia sobre a história da América Latina ganha Prêmio Jabuti». Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. 5 de novembro de 2007. Consultado em 26 de julho de 2020
  36. «Valorização da pesquisa e da reflexão». Universidade de São Paulo. 6–12 de outubro de 2008. Consultado em 26 de julho de 2020
  37. «DECRETO S/Nº, DE 15/04/2010 - DOU 16/04/2010». Palácio do Planalto. Síntese. 15 de abril de 2010. Consultado em 26 de julho de 2020
  38. «Personalidade Econômica». Conselho Federal de Economia. 2017. Consultado em 26 de julho de 2020
  39. «MÁRCIO POCHMANN: TRABALHO RURAL ESTÁ FADADO À EXTINÇÃO». Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região. Jus Brasil. 2007. Consultado em 26 de julho de 2020
  40. «PREMIADOS 2002 - ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO, NEGÓCIOS E DIREITO». Prêmio Jabuti. 2002. Consultado em 26 de julho de 2020
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