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Palavrões na língua portuguesa
palavras de baixo calão Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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Os palavrões na língua portuguesa são palavras de calão[1][2][a] usadas em países ou regiões onde se fala o português. Essas palavras variam, dependendo da localização geográfica, como em Portugal e no Brasil.[4] Tais vocábulos são abrangidos por uma gama de dicionários, como o Priberam, Houaiss, Aurélio, UNESP e afins.[b]
Há diversos estudos relacionados com os palavrões, tais como sua relação com a inteligência, a felicidade e integridade, além de seu uso para o alívio de dores emocionais.[5][6][7]
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Origem
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A maior parte dos palavrões originaram-se de termos não-escatológicos que, por convenções sociais e metáforas de duplo sentido, acabaram por tornarem-se uma forma obscena de representação.[carece de fontes] Diversos deles vieram de radicais latinos,[7] como a expressão "caralho", de origem obscura mas que poderá ter surgido a partir do latim characulu,[c] "boceta", que veio do latim buxis, "foda-se", que vem do latim futere, e "puta", que veio do latim putta.[d] Alguns palavrões mantém seu sentido original, como "foda", "cu" — forma abreviada do latim culus. Algumas dessas palavras foram aportuguesadas de línguas como o espanhol, francês e inglês, como o termo "merda" — "mierda" no espanhol e "merde" no francês.[e]
Já a palavra "babaca" é de origem ameríndia e se referia a um órgão da região genital.[10] A palavra "piroca" vem do tupi antigo e significa "arrancar a pele" (pira é "pele", e ‘ok é "arrancar"). De acordo com o linguista Eduardo de Almeida Navarro, o termo seria uma referência ao fato de o pênis arrancar a pele do hímen feminino, ou, ainda, ao fato de a glande ser "pelada", "depenada".[11]
O psicólogo e linguista Steven Pinker acredita que a raiz histórica dos palavrões pode ter sido a religião, principalmente na Idade Média, quando evocar o nome de Deus de forma blasfema era o pior dos palavrões. Foi nesta época que surgiram expressões como "vá para o diabo". Com o tempo, após as crenças religiosas perderem valor expressivo, novas expressões foram sendo criadas, principalmente ligadas à sexualidade e ao corpo humano.[7]
Por estarem diretamente relacionados a ofensas, é aconselhado evitar o estímulo aos palavrões em crianças.[12] Diante disso, os meios de comunicação de grande alcance têm por hábito censurar eventuais palavrões ditos, o que não é possível em transmissões ao vivo.[13][14]
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Lista de palavrões comumente usados nos países lusófonos
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Portugal e Brasil
Portugal
A maior parte dos palavrões[50] acima são utilizados também em Portugal, como "bicha", "bosta", "cagar", "caralho", "cu", "foder", "porra", "puta", "merda" e "rabo", mas outros usados em Portugal incluem:
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Notas
- O termo "baixo calão", popularmente conhecido para designar os palavrões, é um pleonasmo, pois "calão" já indica um palavrão.[3]
- Em Portugal, o termo "puto" significa garoto, enquanto "puta" é considerado um palavrão. Alguns autores afirmam que é o nome de uma deusa menor da agricultura que literal significaria da palavra poda.[8]
- Alguns autores afirmam que a palavra "merda" veio de "Erde", uma localidade romana conhecida por ser muito suja.[9]
Referências
- «Palavrão». Michaelis On-Line. Consultado em 21 de fevereiro de 2020
- S.A, Priberam Informática. «Consulte o significado / definição de palavrão no Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, o dicionário online de português contemporâneo.». dicionario.priberam.org. Consultado em 22 de fevereiro de 2020
- Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, verbete calão: "O s[i]nt[agma] baixo calão é, propriamente, uma redundância (no entanto, muito us[ada] com valor intensivo ou de reforço), uma vez que o sentido que a palavra orig[i]n[al] tomou em port[uguês] já incluía a idéia de "baixa condição social" (dos falantes do calão)."
- «[Palavrões?!] Como se fala em Portugal?». Cultuga. 27 de maio de 2014. Consultado em 22 de fevereiro de 2020
- «Além de estar ligado à inteligência, falar palavrão é também sinal de caráter: estudo». VIX. Consultado em 22 de fevereiro de 2020
- «Pessoas que falam palavrão são mais felizes, íntegras e têm QI mais alto, sugerem estudos». VIX. Consultado em 22 de fevereiro de 2020
- Cipriano, Rita. «Palavrão a palavrão: de onde vieram as asneiras». Observador. Consultado em 18 de fevereiro de 2020
- «Qual a origem e significado da palavra "puta"?». www.mitologia.pt. Consultado em 10 de maio de 2021
- «Os palavrões e a obsessão de Olavo de Carvalho». Rede Brasil Atual. 12 de maio de 2019. Consultado em 18 de fevereiro de 2020
- NAVARRO, Eduardo de Almeida (2013). Dicionário de Tupi Antigo: a língua indígena clássica do Brasil 1.ª ed. São Paulo: Global. p. 388. 624 páginas. ISBN 9788526019331
- Saleh, Naíma (2 de novembro de 2016). «O que fazer quando seu filho fala palavrão». Revista Crescer. Consultado em 31 de dezembro de 2021
- «Web fica "chocada" com palavrão em Amor de Mãe: "Globo nem censura"». UOL. 27 de novembro de 2019. Consultado em 31 de dezembro de 2021
- «Participante do 'The Voice' solta palavrão ao vivo: "Não fui eu"». Contigo!. 17 de dezembro de 2021. Consultado em 31 de dezembro de 2021
- «Palavrões portugueses - com áudio». Palavroes.com. Consultado em 20 de julho de 2020
- S.A, Priberam Informática. «Badalhoco». dicionario.priberam.org. Consultado em 23 de fevereiro de 2020
- S.A, Priberam Informática. «Paneleiro». dicionario.priberam.org. Consultado em 23 de fevereiro de 2020
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Ligações externas
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