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Rali Dakar

rali todo-o-terreno, antigo Paris-Dakar Da Wikipédia, a enciclopédia livre

Rali Dakar
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O Rali Dakar (ou simplesmente O Dakar; anteriormente conhecido como Rali Paris-Dakar) é a mais longa prova de rali do mundo. A maioria dos eventos desde o início em 1978 foi realizada em Paris, França, e seguindo até Dakar, Senegal, mas devido à falta de segurança na Mauritânia, os organizadores cancelaram a disputa em 2008, realizando os eventos seguintes de 2009 a 2019 na América do Sul.[1] A edição de 2020 foi realizada na Arábia Saudita. A competição é aberta a participantes amadores e profissionais, sendo os amadores representando cerca de oitenta por cento dos participantes.

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O rali é um evento de resistência off-road. O terreno que os competidores percorrem é muito mais difícil do que o usado nos ralis convencionais, e os veículos usados ​​são veículos off-road. A maioria das seções especiais competitivas são off-road, cruzando dunas, lama, grama de camelo e rochas entre outras. As distâncias de cada estágio percorrido variam de distâncias curtas até 800–900 km por dia.

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História e percurso

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Nissan Navara
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Rastros deixados na Mauritânia

A prova teve a sua primeira edição em 1979 (com início a 26 de Dezembro de 1978), um ano após Thierry Sabine se perder no deserto (quando participava do rali Abidjan-Nice, de moto) e decidir que aquele seria um bom percurso para um rali regular. De início, o rali partia sempre de Paris e terminava em Dakar, interrompendo-se a prova por um dia para fazer a travessia do mar do Mediterrâneo. Contudo, devido a razões políticas, de segurança, de patrocínios e outros fatores, a prova, incluindo o local de partida e de término, têm variado ao longo dos anos. Por exemplo, devido aos conflitos armados na Argélia, não tem havido passagens pelo seu território nas últimas edições.

A prova de 1994 foi a única vez em que o rali foi de ida e regresso a Paris. Devido a queixas do maire de Paris, o local de chegada teve de ser alterado, da Avenida Campos Elíseos em Paris, para o parque da EuroDisney. Isto levou a organização a escolher rotas distintas nos anos seguintes:

O primeiro Paris-Dakar partiu a 26 de dezembro de 1978. Dos 170 participantes de saíram de Paris, apenas 69 chegaram a Dakar. O evento reúne pelo menos 500 veículos, entre carros, motos e caminhões.

O percurso muda a cada ano (já variou de 8 500 a 15 000 km). Em 2003, o rali largou de Marselha, na França, e passou pela Espanha, Tunísia e Líbia até chegar em Sharm El Sheikh, às margens do rio Vermelho, no Egito.

Crise na segurança e o cancelamento da edição 2008

O Rali Dakar 2008 foi cancelado a 4 de janeiro de 2008, devido ao receio de ataques terroristas. Isso causou sérias dúvidas sobre o futuro do rali. Vários jornais chamaram o cancelamento de uma "sentença de morte" para a corrida. Chile e Argentina se ofereceram para sediar o evento, juntamente com a República Checa,[2] ou Hungria[3] na Europa Central. A ASO (entidade organizadora) decidiu finalmente estabelecer a competição Dakar Series, cujo primeiro evento foi o 2008 Rali da Europa Central (Hungria-Roménia), entre 20 de abril e 26 de abril de 2008.

América do Sul

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Largada do Dakar 2015 em frente à Casa Rosada em Buenos Aires

Em 2009 foi a primeira vez que o Rali Dakar se disputou em terra Sul-americanas. O evento de 2009 foi realizada no Chile e na Argentina, entre 3 de janeiro e 18 de janeiro de 2009.[4] A competição manteve-se na América do Sul desde então.[5] Após a primeira edição sul-americana, o novo figurino do Rali parece agradar à maior parte das Marcas e Pilotos envolvidos[6] não só pela segurança, como pela dificuldade e diversidade do trajecto e pela forte presença de público ao longo das etapas, sendo que dificilmente regressará a África num futuro próximo.[7]

Em 2010 e 2011, o Rali voltou a ser na Argentina e no Chile. Em 2012 um novo país é visitado pela caravana do Rali Dakar: Peru, terminando o rali na sua capital Lima. A edição de 2013 foi uma inversão do percurso de 2012 iniciando-se no Peru, passando pelo Chile e terminando na Argentina.[8] Em 2014 a caravana do Dakar passou pela primeira vez na Bolívia, enquanto em 2015 realizou-se apenas na Argentina e Bolívia, sendo o primeiro Dakar na América do Sul que não passou pelo Chile.

O ano de 2017 trouxe um novo país para o Dakar: o Paraguai.

África Eco Race

A mudança do Rali Dakar não foi consensual, continuando a existir quem defenda o seu regresso às suas origens: Dakar. Assim, um conjunto de pessoas ligadas ao Todo-terreno Mundial, entre elas o ex-campeão Jean-Louis Schlesser decidiram criar uma nova competição que recria Rali Dakar pré-2008, o África Eco Race.[9]

Arábia Saudita

Depois das dificuldades sentidas pela organização para realizar a edição de 2019 (face às recusas de Chile e Argentina em pagar os valores pedidos pela ASO) que acabou por realizar apenas no Peru, a ASO percebeu que o modelo sul-americano estava esgotado. Face à impossibilidade de voltar ao percurso original (devido à África Eco Race e também pela hostilidade dos governos locais à ASO devido à decisão de levar a prova para América do Sul), foram avançadas três possibilidades: Argélia, Angola/Namíbia e Arábia Saudita.[10] A 4 de abril de 2019 foi revelado que o Dakar iria mesmo realizar-se a partir de 2020 na Arábia Saudita, num acordo com a duração de 5 anos.[11]

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Mortes em prova

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Até 2021, 31 pilotos morreram em prova. Juntando ainda não pilotos, entre elementos da organização, jornalistas e espetadores, o número ascende aos 70. No ano inicial Patrice Dodin perdeu o controlo da sua moto no arranque da etapa que fazia a ligação entre Agadez-Tahoua e sofreu ferimentos que se viriam a revelar mortais.

O holandês Bert Oosterhuis morreu em 1982, seguindo-se o francês Jean-Noël Pineau, o japonês Yasuo Kaneko, o italiano Giampaolo Marinoni e o francês Jean-Claude Huger até 1988 — todos eles motociclistas que não resistiram aos ferimentos de quedas ou de embates com outras viaturas. O dia 9 de janeiro de 1988 foi dos mais negros da história do Dakar, com as mortes do holandês Kees van Loevezijn (e restante equipa na prova de camiões) e do francês Patrick Canado (automóveis) na mesma etapa. Foi também nessa década que Thierry Sabine, o criador do Rali Dakar (na altura uma prova que ligava Paris a Dakar), morreu num acidente de helicóptero com cinco pessoas, entre as quais o cantor Daniel Balavoine.

A década de 90 trouxe mais sete mortes de pilotos do Dakar mas nem todas foram no seguimento de acidentes com motos, automóveis ou camiões: em 1991, o francês Chales Cabannes acabou por ser atingido por uma bala perdida numa etapa no Mali quando levava o seu camião e não resistiu aos ferimentos; em 1996, o também francês Laurent Gueguen atravessou com o seu camião uma mina em Marrocos e acabou por morrer, ao contrário dos restantes tripulantes que conseguiram escapar ilesos (sendo que, na altura, foi levantada a hipótese de ser ainda uma mina restante da Segunda Guerra Mundial, algo que não demorou a cair por terra quando se percebeu que era mais um vestígio da guerra entre os rebeldes da Frente Polisário e o exército marroquino).

Este século, o período entre 2005 e 2007 foi particularmente fatídico, com cinco mortes em prova em apenas três anos, entre os quais o antigo bicampeão italiano Fabrizio Meone, que fazia a sua última corrida da carreira e acabou por falecer numa etapa na Mauritânia (sendo que o dia seguinte acabou por ser cancelado por se entender que não existiam condições para prosseguir a competição de imediato). Na América do Sul, para onde a prova se mudou em 2009, o francês Pascal Terry foi a primeira vítima numa história trágica: esteve desaparecido apesar de ter enviado um sinal de socorro, todos achavam que teria regressado à caravana e foi encontrado dias depois sem vida. O argentino Jorge Andrés Martínez Boero, o francês Thomas Bourgin, o belga Eric Palante e o polaco Michał Hernik foram as outras mortes até 2015, todos em acidentes na prova de motos. Em 2020 morreu o piloto português Paulo Gonçalves[12] e o holandês Edwin Straver.[13] Em 2021 medidas de segurança foram tomadas,[14] mas o Dakar 2021 faz uma vitima fatal o piloto de moto Pierre Cherpin.

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Lista de vencedores

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Carros, Motos e Camiões

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Quads e SSVs

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Light Prototypes e Clássicos

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Source:[15]

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Podium

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Carros

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SSVs (UTVs até 2022)

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Light Prototypes

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Clássicos

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Vitórias múltiplas por piloto

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Lista de participantes portugueses

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