Eleições estaduais no Rio Grande do Norte em 1954
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As eleições estaduais no Rio Grande do Norte em 1954 ocorreram em 3 de outubro como parte das eleições gerais no Distrito Federal, em 20 estados e nos territórios federais do Acre, Amapá, Rondônia e Roraima. Foram eleitos os senadores Dinarte Mariz e Georgino Avelino, além de sete deputados federais e trinta e quatro deputados estaduais.[1][nota 1][nota 2]
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Eleição parlamentar no Rio Grande do Norte em 1954 | ||||
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3 de outubro de 1954 Senadores eleitos | ||||
Líder | Dinarte Mariz | Georgino Avelino | ||
Partido | UDN | PSD | ||
Natural de | Serra Negra do Norte, RN | Angicos, RN | ||
Votos | 103.711 | 81.958 | ||
Porcentagem | 35,38% | 27,96% | ||
Titular(es) Eleito(s) | ||||
Eleito senador com a maior votação do estado, o agropecuarista e comerciante Dinarte Mariz nasceu em Serra Negra do Norte. Chefe de polícia em sua cidade natal, optou pela cultura do algodão ao migrar para Caicó e reuniu prestígio graças à sua atuação nessa área. Partidário da Aliança Liberal foi nomeado prefeito de Caicó após a vitória da Revolução de 1930, todavia foi deposto e cumpriu prisão no Rio de Janeiro por seu apoio à Revolução Constitucionalista de 1932. Férreo adversário da Intentona Comunista ocorrida em Natal em 23 de novembro de 1935, esteve entre os opositores do Estado Novo e sob tal premissa ingressou na UDN.[2] Derrotado ao buscar uma cadeira de senador em 1945 e 1950, foi premiado ao vencer tal disputa em 1954 como o primeiro senador potiguar a ultrapassar a marca dos cem mil votos.[3][1]
Reeleito senador via PSD o advogado Georgino Avelino é formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Nascido em Angicos, fundou o jornal A Pátria em 1909 no Recife e no ano seguinte foi designado para servir ao governo do território federal do Acre.[nota 3] Cônsul brasileiro na cidade italiana de Gênova, voltou ao Brasil e foi eleito deputado federal em 1924.[4] Contrário à Revolução de 1930 e apoiador da Revolução Constitucionalista de 1932, fixou-se no Rio de Janeiro e trabalhou como jornalista no Rio Jornal, O Paiz, Gazeta de Notícias e Diário Carioca. Serviu à prefeitura carioca durante o Estado Novo na administração Henrique Dodsworth e foi secretário-geral da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.[nota 4] Presidente do Banco Industrial Brasileiro,[nota 5] exerceu ainda o ofício de tabelião. Regressou ao Rio Grande do Norte e foi interventor federal entre agosto e outubro de 1945, ano em que foi eleito senador pelo PSD sendo reeleito em 1954.[5][6]