Movimento operário
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Movimento operário é um termo que se refere à organização coletiva de trabalhadores para a defesa de seus próprios interesses, particularmente (mas não apenas) através da implementação de leis específicas para reger as relações de trabalho. Em sentido amplo, abrange o conjunto dos fatos políticos e organizacionais relacionados ao mundo do trabalho e à vida política, social e econômica dos trabalhadores assalariados[1] (também referidos como operários ou proletários).
O movimento teve sua origem na Revolução Industrial, quando surgiram as fábricas e as condições de trabalho eram frequentemente desumanas. Revoltados, grupos de artesãos atacavam as fábricas, quebrando as máquinas. Desse mesmo modo também foi a reação dos operários jogados na miséria pelas primeiras crises de desemprego. Depois de algum tempo, os operários começaram a perceber que o problema não estava nas fábricas, nem nas máquinas em si, mas sim na forma como a burguesia havia organizado os meios de produção. No início do século XIX, na Inglaterra, o movimento dos trabalhadores fez-se sentir por meio de demonstrações em massa, como motins e petições. Foi nesse século que os sindicatos surgiram como uma nova força no cenário político, desempenhando um papel fundamental ao permitir a negociação de acordos coletivos com os empregadores e defendendo a criação e/ou manutenção de direitos laborais.
Ao longo da história, o movimento foi responsável por conquistas de inúmeros direitos, como a jornada de trabalho de oito horas, a proibição do trabalho infantil, a segurança no trabalho e o direito à organização de sindicatos.