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Cerastoderma edule
molusco comestível de água salgada Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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Cerastoderma edule (nomeada, em inglêsː common European cockle[6][7], common cockle[5][6], common edible cockle[6][8] ou edible cockle[6][9]; em portuguêsː berbigão ou berbigão-comum-europeu[1][10][11]; em espanholː berberecho, verdigón ou morgueirolo; em catalãoː escopinya de gallet ou catxel[6][12]; em francêsː bucarde comestible[13], sourdon, rigadeau, coque ou coque commune; em alemãoː gemeine Herzmuschel ou essbare Herzmuschel[6] - Herzmuschelː cuja tradução, para o português, é "concha-coração", por lembrar um coração quando com suas valvas unidas e vistas de lado[14] - ; em neerlandêsː kokkel, gewone kokkel ou eetbare hartschelp; em dinamarquêsː Hjertemusling ou almindelig hjertemusling; em danonorueguêsː saueskjell; em neonorueguêsː saueskjel; em eslovenoː užitna srčanka ou srčanke; em croataː kapica; na Bélgicaː Coque ou Kokkel)[6][15] é uma espécie de molusco Bivalvia marinho litorâneo da família Cardiidae, classificada por Carolus Linnaeus em 1758; descrita como Cardium edule em seu Systema Naturae[2]; considerada a espécie-tipo do gênero Cerastoderma Poli, 1795[3], cujo nome é derivado do grego antigo, significando keras ("chifre") e derma ("pele").[16] Habita fundos de praias arenosas e lodosas do nordeste do oceano Atlântico, em águas da zona entremarés e zona nerítica de baixa profundidade, enterradas principalmente em àreas estuarinas[5][17][18] até os 5 metros, incluindo em prados de ervas marinhas Zostera noltii e Cymodocea nodosa[8]; mas suas necessidades de salinidade são específicas, não ocorrendo em lagoas salobras.[5][17] É espécie comestível e muito frequente nas costas marítimas de Portugal[9][14][19], com seu descritor específico derivado do adjetivo latino ĕdūlis ("que se come", "que é de comer").[16][20] Suas conchas vazias são utilizadas nas indústrias de construção e química como fonte de cal.[16]
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Descrição da concha
Cerastoderma edule possui concha inflada e ovalada, de contorno subquadrado-arredondado e margem nitidamente crenulada, com valvas similares entre si e cobertas por um perióstraco castanho e reduzido, pouco persistente; esculpida com 22 a 28 costelas radiais e atingindo até 5.6 centímetros de comprimento quando bem desenvolvida; mas normalmente alcançando de 3.5 a 5 centímetros de comprimento. Tem um ligamento externo arqueado e proeminente que é tão longo quanto cerca de um terço da altura da concha. Sua coloração é branca, de um branco-acastanhado a amarelada ou castanha, e por vezes recoberta com manchas irregulares.[5][8][9][17][21]
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Distribuição geográfica
Esta espécie está distribuída pelo hemisfério norte do Atlântico oriental, da Noruega e Rússia, na Lapônia, e pelo mar de Wadden, mar do Norte e canal da Mancha até o Senegal, ao sul, entrando pelo mar Mediterrâneo e mar Negro e indo da Irlanda ao Egito, ao leste.[4][5][8]
Referências
- da Silva, José Manuel Pedroso; Callapez, Pedro Miguel; Pimentel, Ricardo Jorge (2022). «Contribuição para um vocabulário vernáculo de nomes comuns e populares de moluscos portugueses: suas relações culturais, históricas e heráldicas» (PDF). Boletín de la Sociedad Española de Historia Natural, 116. p. 79. Consultado em 1 de dezembro de 2022. Arquivado do original (PDF) em 20 de junho de 2022
- «Cerastoderma edule (Linnaeus, 1758)» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 1 de dezembro de 2022
- «Cerastoderma Poli, 1795» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 1 de dezembro de 2022
- «Cerastoderma edule (Linnaeus, 1758) distribution» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 1 de dezembro de 2022
- CAMPBELL, Andrew C.; NICHOLLS, James (1980). The Hamlyn Guide to the Seashore and Shallow Seas of Britain and Europe (em inglês). England: The Hamlyn Publishing Group. p. 178. 320 páginas. ISBN 0-600-34019-8
- «Cerastoderma edule (Linnaeus, 1758) vernacular names» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 1 de dezembro de 2022
- ABBOTT, R. Tucker; DANCE, S. Peter (1982). Compendium of Seashells. A color Guide to More than 4.200 of the World's Marine Shells (em inglês). New York: E. P. Dutton. p. 332. 412 páginas. ISBN 0-525-93269-0
- «Cerastoderma edule (Linnaeus, 1758) - Common edible cockle» (em inglês). SeaLifeBase. 1 páginas. Consultado em 1 de dezembro de 2022
- DANCE, S. Peter (2002). Smithsonian Handbooks: Shells. The Photographic Recognition Guide to Seashells of the World (em inglês) 2ª ed. London, England: Dorling Kindersley. p. 228. 256 páginas. ISBN 0-7894-8987-2
- Santos, Cátia Sofia Pedro Caetano (2019). «Estado atual das populações de berbigão (Cerastoderma spp.) no estuário do Sado» (PDF). Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. 1 páginas. Consultado em 1 de dezembro de 2022
- HOUAISS, Antônio; VILLAR, Mauro de Salles; FRANCO, Francisco Manoel de Mello (2001). Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa 1ª ed. Rio de Janeiro: Objetiva. p. 435. 2922 páginas. ISBN 85-7302-383-X
- LINDNER, Gert (1983). Moluscos y Caracoles de los Mares del Mundo (em espanhol). Barcelona, Espanha: Omega. p. 230. 256 páginas. ISBN 84-282-0308-3
- «bucarde comestible» (em inglês). TechDico - English-French technical dictionary and translation. 1 páginas. Consultado em 1 de dezembro de 2022
- DAVIDSON, Alan (2014). The Oxford Companion to Food (em inglês) 3 ed. United Kingdom: Oxford University Press - Google Books. p. 201. 960 páginas. ISBN 978-0-19-967733-7. Consultado em 1 de dezembro de 2022
- «Cerastoderma eduleː Denominações comerciais». Commercial designations of fishery and aquaculture products. 1 páginas. Consultado em 1 de dezembro de 2022
- CHAMBERS, Paul (2009). British Seashells. A Guide for Collectors and Beachcombers (em inglês). Barnsley: Remember When - Google Books. p. 158. 233 páginas. ISBN 978-1-84468-051-1. Consultado em 1 de dezembro de 2022
- «Cerastoderma edule (Linnaeus, 1758)» (em inglês). Marine Bivalve Shells of the British Isles. 1 páginas. Consultado em 1 de dezembro de 2022
- «berbigão». Meu Dicionário - Língua Portuguesa. 1 páginas. Consultado em 1 de dezembro de 2022.
1. ZOOLOGIA (Cerastoderma edule) molusco lamelibrânquio, da família dos Cardiídeos, de concha estriada, muito frequente nas costas marítimas de Portugal, utilizado na alimentação
- AZEVEDO, Fernando de (1950). Pequeno Dicionário Latino-Português 3 ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional. p. 57. 212 páginas
- CONSIDINE, Douglas M.; CONSIDINE, Glenn D. (1995). Van Nostrand’s Scientific Encyclopedia (em inglês) 8 ed. New York: Springer Science+Business Media - Google Books. p. 2086. 3524 páginas. ISBN 978-1-4757-6920-3. Consultado em 1 de dezembro de 2022
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