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Endro
espécie de planta Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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Anethum graveolens, também conhecido por endro (do latim "*anēthulum", diminutivo de anethum)[1] ou aneto,[2] é uma planta anual da família das Apiáceas (a que pertencem também a salsa e a cenoura), originária da região situada entre o Cáucaso e o Crescente Fértil. É a única espécie no género Anethum. Usada tradicionalmente no Médio Oriente e na Europa de Leste, foi introduzida na Escandinávia e na Europa ocidental, principalmente como erva aromática, sendo utilizadas tanto as folhas como as sementes.[3]
Para além de ser empregado na culinária, o endro era e ainda é usado como planta medicinal pelos iranianos, egípcios e gregos, na Antiguidade e no Brasil na atualidade, sendos descritos os seus usos tradicionais para tratar problemas do sistema digestório[4]; como ansiolítico, entre outros.[5] Também teve significado religioso, sendo utilizado pelos antigos hebreus para pagar o dízimo[6]. Era chamado de “erva-de-deus” pelos arménios.[7]
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Sinônimos
A espécie Anethum graveolens possui oito sinônimos reconhecidos atualmente.[8]
- Anethum arvense Salisb.
- Angelica graveolens (L.) Steud.
- Ferula graveolens (L.) Spreng.
- Peucedanum graveolens (L.) C.B.Clarke
- Peucedanum graveolens (L.) Hiern
- Peucedanum sowa (Roxb. ex Fleming) Kurz
- Selinum anethum Roth
- Selinum graveolens (L.) Vest
Características
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Perspectiva
O endro é uma planta herbácea anual, aromática, de caules ocos, que mede 30 a 45 cm de altura mas, excepcionalmente, pode atingir mais de um metro, principalmente se se deixar florescer. As folhas são formadas por um grande número de filamentos, como se fossem penas de aves; o conjunto dos caules e folhas tem cor verde-azulada. Por vezes, confunde-se com o funcho ou erva-doce (não confundir com anis, embora as três espécies sejam aparentadas), mas normalmente tem tamanhos menores, além de possuir uma raiz aprumada, enquanto o funcho a tem fasciculada e com a base dos caules na forma dum pseudobolbo [9]
As flores, pequenas e amarelas, nascem em grandes umbelas (donde o antigo nome vulgar da família, as “umbelíferas”). Os frutos formam-se em grupos de dois aquénios unidos, cada um com cinco nervuras, duas das quais mais largas que as restantes, dando ao fruto uma forma achatada.[7]
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Culinária
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Perspectiva
Na Escandinávia, o endro fresco é extensivamente utilizado para temperar e marinar vários peixes e mariscos (por exemplo, arenque e salmão, principalmente na forma de gravad lax), assim como em vários molhos. Na Europa Oriental, o endro é usado para temperar saladas, principalmente à base de couve, sendo também usual no borsch. É ainda adicionado, fresco ou seco, a conservas de fermentação láctica (em salmoura, e não em vinagre), nomeadamente de pepino, couve, tomate e melancia. Também melhora os molhos à base de nata azeda ou iogurte. Por essa razão, várias sopas frias, como tarator da Bulgária e okroshka da Rússia são tradicionalmente temperadas com essa erva. Na Grécia, temperam-se as dolma com endro e, na Turquia e no Irão, é usado em guisados de favas, lentilhas, arroz e outros pratos. Mas a forma pela qual o endro é mais conhecido no Ocidente é nos picles de pepino, chamados por isso dill pickles. As sementes, que têm um vago odor a anis, são utilizadas tanto nas marinadas, conservas e vinagre, como no fabrico de pão e bolos. Na Índia, existe uma variedade que é cultivada para aproveitar as sementes, que são utilizadas em misturas de caril e masala.[3]
Para além desses usos tradicionais, o endro pode ainda ser usado para aromatizar queijos, molhos, manteiga, grelhados, risotos, saladas, em especial a salada de batata, e patês.[7]
Princípios ativos e uso medicinal
Como qualquer erva aromática, o endro tem propriedades digestivas, sendo tradicionalmente usado especificamente para combater as cólicas e a hiperacidez.[7]
Referências
- Johannes Seidemann (2005). World Spice Plants: Economic Usage, Botany, Taxonomy. Springer Science & Business Media. p. 40. ISBN 978-3-540-22279-8.
- (PDF) https://d1wqtxts1xzle7.cloudfront.net/37068047/60-libre.pdf?1427027926=&response-content-disposition=inline%3B+filename%3DTHE_PHARMACOLOGICAL_IMPORTANCE_OF_ANETHU.pdf&Expires=1759427415&Signature=QRcn-VHPKdhI6yTly5sst8t0~-VxNnM7w0Ce67DvrlORZS50bNxHCPd7ZlUmB-5sJG~lgW80Q2Wq9uJ7Mmj5yq1QZx9izYijh~SeKE99y0qAE9W0smMsq7rorTr-B~XrIOSk9hPkeiRfS8T4IZzjr~WTQXqCIgZ9z4VDPaMKeW16ZnaO9qJiF7Di8-X3mzFIkCujHooBgvjAmxDz0a~1A~Sp5KcNjXw14f~rvVsgQaoffb5YsvxQhHOXUEQNk4q08ioIcsHAUIxd8d1G481NFy3Uo4I1MSyd-i43Y2ca5luRaTRWfTfL2oe-j0vcSSU~spS0nG8CN9aRsUcLMch6Jw__&Key-Pair-Id=APKAJLOHF5GGSLRBV4ZA Em falta ou vazio
|título=(ajuda) - «Endro: para que serve e como preparar o chá». Tua Saúde. 31 de julho de 2023. Consultado em 2 de outubro de 2025
- «Mateus 23:23 (Vocês dão o dízimo da hortelã, do endro e do cominho) - Bíblia». Bíblia Sagrada Online. Consultado em 2 de outubro de 2025
- «Anethum graveolens» (em inglês). The Plant List. 2010. Consultado em 29 de abril de 2017
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Ligações externas
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