Lista de Estados-membros da Sociedade das Nações
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Este artigo lista os Estados que integraram em dado período de tempo a Sociedade das Nações desde sua fundação em 1920 até 1946, ano da última assembleia geral. A organização foi o primeiro organismo intergovernamental da história do mundo e reuniu grande parte das potências regionais e mundiais do período de sua atividade, tendo sido criada mediante o Tratado de Versalhes de 1919 e dissolvida oficialmente em 17 de julho de 1947. Entre 1920 e 1939, um total de 63 países tornaram-se Estados-membros da Sociedade das Nações. O Pacto que estabeleceu formalmente a Liga das Nações foi incluído no Tratado de Versalhes e entrou em vigor em 10 de janeiro de 1920 e foi substituído gradualmente pela Carta das Nações Unidas a partir de 1945.
A Liga das Nações manteve sua maior amplitude de 58 Estados-membros ativos entre 28 de setembro de 1934 (quando o Equador foi admitido na organização) e 23 de fevereiro de 1935 (quando o Paraguai desligou-se). Neste período, apenas Costa Rica (22 de janeiro de 1925), Brasil (14 de junho de 1926), Japão (27 de março de 1933) e Alemanha (19 de outubro de 1933) haviam se retirado da organização enquanto o Egito aderiu ao Pacto tardiamente em 26 de maio de 1937.
Os Estados-membros fundadores da organização (listados desde a primeira data de adesão e em ordem alfabética) ingressaram todos em 10 de janeiro de 1920, sendo estes: Argentina, Austrália, Bélgica, Bolívia, Império Britânico, Canadá, Chile, China, Colômbia, Cuba, Checoslováquia, Dinamarca, El Salvador, França, Grécia, Guatemala, Haiti, Honduras, Índia, Itália, Libéria, Países Baixos, Nova Zelândia, Nicarágua, Noruega, Panamá, Paraguai, Irão, Peru, Polónia, Portugal, Roménia, Sião, África do Sul, Espanha, Suécia, Suíça, Uruguai, Venezuela, Iugoslávia, Áustria, Bulgária, Finlândia, Luxemburgo, Albânia, Estônia, Letônia, Lituânia, Hungria, Irlanda, Etiópia, República Dominicana, México, Turquia, Iraque, União Soviética, Afeganistão e Equador.[1][2]
Dos 42 Estados-membros fundadores, apenas 23 (ou 24 contando com a França Livre) ainda eram membros quando a Liga das Nações foi dissolvida em 1946. Outros 21 países ingressaram na organização entre 1920 e 1937, mas sete destes retiraram-se ou foram suspensos antes de 1946. Entretanto, a União Soviética foi o único país a passar pelo processo de suspensão compulsória da organização mediante a invasão da Finlândia em 1939.
Apesar de formular o conceito da organização e ratificar o Pacto que a constituiu, os Estados Unidos nunca se juntaram formalmente à Liga das Nações, operando "em cooperação" sem aliar-se oficialmente. Outros países que seguiram este modelo de atuação na organização foram Arábia Saudita, Iêmen, Mongólia, Nepal e Butão. Por outro lado, nenhum dos microestados europeus (Andorra, Liechtenstein, Mônaco, San Marino e Vaticano) jamais manifestou interesse em integrar a Liga das Nações.
No IX Congresso das Nacionalidades Europeias — cimeira da Liga das Nações realizada em Berna — as Comunidades autónomas espanholas de Galiza, País Basco e Catalunha foram reconhecidas como nações. Sobretudo, tais territórios eram subordinados à Espanha e representados pelo governo espanhol.[3]