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Estação Ferroviária da Azambuja
estação ferroviária em Portugal Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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A Estação Ferroviária da Azambuja é uma interface da Linha do Norte, que serve a localidade de Azambuja, no distrito de Lisboa, em Portugal.
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Descrição
Localização e acessos

Situa-se na localidade de Azambuja, junto ao Largo da Estação.[2]
Infraestrutura
Em Janeiro de 2011, possuía quatro vias de circulação, duas com 515 m de comprimento, e as restantes, com 390 e 480 m; as respectivas plataformas tinham 240, 221 e 223 m de extensão, e 90 cm de altura.[3]
História
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Século XIX
Já no primeiro plano para a construção do lanço da Linha do Norte entre Lisboa e Santarém, em 1852, se preconizava a construção de uma gare ferroviária em Azambuja.[4] Embora este percurso tenha sido alvo de posteriores alterações, continuou a ser prevista a construção da estação de Azambuja, a seguir a Vila Nova da Rainha.[5]
Esta interface faz parte do lanço da Linha do Norte entre Carregado e Virtudes, que foi aberto à exploração em 31 de Julho de 1857, pelo estado português, e que foi posteriormente passado para a Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses.[6] Nesse ano, a estação de Azambuja contava com serviços de bagagens e passageiros, nas três classes.[7] Em 16 de Março de 1891, foi duplicado o troço entre o Carregado e Azambuja,[8] e em 19 de Maio de mesmo ano, a segunda via foi prolongada até Santana-Cartaxo.[9]
Em 2 de Março de 1895, ocorreu uma grande cheia no vale do Rio Tejo, tendo as águas inundado as vias na estação da Azambuja.[10]

Século XX
Em finais de 1901, já se tinha reedificado o edifício da estação de Azambuja.[11]
Em 1913, a estação da Azambuja era servida por uma carreira de diligências, que ia até Alcoentre, Aveiras de Baixo, Aveiras de Cima e Cercal.[12]
Em 1934, o arquitecto Cottinelli Telmo planeou um novo edifício para esta estação, que foi construído e inaugurado em 1935.[13][14] O novo edifício procurou aliar o estilo modernista com elementos tradicionais portugueses, tendo sido desde logo equipado com uma marquise para os passageiros.[15] Foi decorado com azulejos da Fábrica de Sacavém.[16]
Entre 5 e 6 de Março de 1955, foi encerrado o tráfego entre o Rossio e Campolide para obras de electrificação, tendo sido alterado o percurso dos comboios urbanos até à Azambuja, que passaram a começar em Sete Rios.[17]
Em 1995, principiaram as obras de quadruplicação da Linha do Norte entre Lisboa e Azambuja.[18]

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Referências literárias
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No primeiro volume da obra As Farpas, Ramalho Ortigão, é descrita a passagem pela estação da Azambuja, numa viagem de Lisboa às Caldas da Rainha:
Na Azambuja, por detrás da pequena estação do caminho-de-ferro, há um belo arraial de carroças, de diligências, de char-à-bancs e de caleches, que o sol a prumo envolve em reflexos de ouro, iluminando de uma leve polvilhação diamantina as caixas pulvurentas dos trens, as folhas dos eucaliptos, os pitorescos arreios das mulas, os andrajos dos mendigos e as características pantalonas do camponês estremenho, feitas de remendos em todas as nuances do azul da tecelaria de Alcobaça.— Ramalho Ortigão, As Farpas, 1890:173
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Ver também
Referências
- «Azambuja». Comboios de Portugal. Cp.pt. Consultado em 12 de Novembro de 2014
- «Linhas de Circulação e Plataformas de Embarque». Directório da Rede 2012. Rede Ferroviária Nacional. 6 de Janeiro de 2011. p. 71-85
- «Ano Centenário dos Caminhos de Ferro Portugueses» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 69 (1652). 16 de Outubro de 1956. p. 533-534. Consultado em 24 de Julho de 2018
- ABRAGÃO, Frederico de Quadros (16 de Agosto de 1956). «No Centenário dos Caminhos de Ferro em Portugal: Algumas notas sobre a sua história» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 69 (1648). p. 375-382. Consultado em 24 de Julho de 2018
- TORRES, Carlos Manitto (1 de Janeiro de 1958). «A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 70 (1681). p. 9-12. Consultado em 16 de Fevereiro de 2014
- SABEL (16 de Fevereiro de 1936). «Ecos e Comentários» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 48 (1156). p. 117. Consultado em 13 de Junho de 2015
- NONO, Carlos (1 de Março de 1950). «Efemérides ferroviárias» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 62 (1493). p. 858-859. Consultado em 9 de Novembro de 2014
- NONO, Carlos (1 de Maio de 1950). «Efemérides ferroviárias» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 63 (1497). p. 113-114. Consultado em 13 de Junho de 2015
- LOUREIRO, João Mimoso (Outubro de 2009). As Grandes Cheias. Rio Tejo: As Grandes Cheias 1800 – 2007. Col: Tágides. Volume 1. Lisboa: Administração da Região Hidrográfica do Tejo. p. 16. ISBN 978-989-96162-0-2
- «Efemérides» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 51 (1227). 1 de Fevereiro de 1939. p. 111-114. Consultado em 16 de Fevereiro de 2014
- «Serviço de Diligencias». Guia official dos caminhos de ferro de Portugal. 39 (168). Outubro de 1913. p. 152-155. Consultado em 10 de Fevereiro de 2018
- MARTINS et al, 1996:131
- «Os Nossos Caminhos de Ferro em 1935» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 48 (1154). 16 de Janeiro de 1936. p. 52-55. Consultado em 5 de Setembro de 2013
- NUNES, José de Sousa (16 de Junho de 1949). «A Via e Obras nos Caminhos de Ferro em Portugal» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 62 (1476). p. 418-422. Consultado em 13 de Junho de 2015
- PEREIRA, 1995:419
- «Electrificação das linhas de Sintra e do Norte» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 68 (1614). 16 de Março de 1955. p. 39-42. Consultado em 24 de Julho de 2018
- REIS et al, 2006:150
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Bibliografia
Ligações externas
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