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CP Urbanos do Porto

Rede de transporte ferroviárioa urbana do Porto Da Wikipédia, a enciclopédia livre

CP Urbanos do Porto
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A CP Porto é o serviço ferroviário explorado pela CP - Comboios de Portugal, empresa pública portuguesa de caminhos de ferro, fazendo parte da CP Urbanos, que tem como missão a prestação de serviços ferroviários a partir da cidade do Porto com a sua área metropolitana e com cidades de sub-regiões próximas.

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A estação de Campanhã é uma das principais estações da rede, oferecendo a correspondência com outros serviços da CP.
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A estação de São Bento é uma das principais estações da rede, estando localizada na Baixa do Porto.

A rede tem 5 linhas com uma extensão total de 204,7 km[carece de fontes?] estando totalmente eletrificada e duplicada em quase toda a sua extensão, com certos percursos a ser quadruplicada. Centralizada na cidade do Porto, esta rede de transportes liga as grandes áreas urbanas dentro da sua área metropolitana com outras cidades como Braga no Cávado, Guimarães no Ave, Marco de Canaveses no Tâmega e Sousa e Aveiro na Região de Aveiro.[1]

Os comboios urbanos circulam por 22 municípios, prestando assim um serviço para mais de 2,3 milhões de habitantes entre as cidades do Porto, Braga, Guimarães, Marco de Canaveses e Aveiro. Em 2019 registou-se cerca de 24 milhões de passageiros, o número mais elevado de sempre.[2]

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História

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Perspectiva
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Serviços em 2011-2019.
Factos rápidos
Factos rápidos
Factos rápidos
Factos rápidos
Factos rápidos

No dia 6 de Novembro de 1997 o Conselho de Gerência da CP aprova uma nova reorganização da empresa com uma lógica de gestão empresarial para implementar a Directiva Comunitária 440/91 e a Lei de Bases do Sistema de Transportes Terrestres de 17 de Março de 1990, constituindo Unidades de Negócio organizadas em função dos diferentes segmentos de mercado, com autonomia de gestão. Nasceu assim a USGP - Unidade de Suburbanos do Grande Porto, assumindo estas duas especial relevância, uma vez que o transporte urbano representa cerca de 80% do total de passageiros da CP.

Em 2002, os comboios da série 3400, produzidos pela Siemens e pela Bombardier Transportation e adquiridos em 2002, são introduzidas em quase todas as linhas. Devido à forte procura, os comboios da série 2240, que se destinam ao transporte regional, ainda foram por vezes utilizados, uma vez que a empresa não dispõe de material circulante próprio em quantidade suficiente.[3]

Devido à crise financeira em 2008, o governo português tentou colocar as linhas a concurso a partir do final de 2011, para que outras empresas privadas prestem o serviço ferroviário em vez da empresa pública, à semelhança da CP Urbanos de Lisboa com a Fertagus, que até hoje nunca foi introduzido.

Entre 2009 e 2011 existiu uma quinta linha, a Linha de Leixões, através da Concordância de São Gemil.[4]

Em 2019, com a conclusão das obras de eletrificação do troço Caíde-Marco da Linha do Douro, a CP Porto prolonga os seus serviços urbanos de Caíde ao Marco de Canaveses, desaparecendo assim a necessidade de efetuar transbordo em Caíde (situação em que o serviço urbano da Linha do Marco vivia desde finais do século XX quando a empreitada de eletrificação da Linha do Douro se ficou por Caíde)[5]

Em 2025, a Linha de Leixões é parcialmente reaberta ao transporte de passageiros, até Leça do Balio em Matosinhos, depois de 13 anos inativa onde só servia o transporte de mercadorias.[6]

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Infraestrutura

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Perspectiva

Os comboios urbanos circulam por linhas ferroviárias administradas pelas Infraestruturas de Portugal, já a empresa responsável pela supervisão e desenvolvimento da rede ferroviária é o Instituto da Mobilidade e dos Transportes. As linhas ferroviárias, por onde os comboios urbanos circulam, tem maioritariamente duas vias (via dupla) e totalmente eletrificadas. Somente o troço entre as estações de Caíde e Marco de Canaveses, servida pela Linha do Marco de Canaveses na Linha do Douro, o troço entre Lousado e Guimarães, na Linha de Guimarães e o troço entre Contumil e Leça do Balio, na Linha de Leixões é que são em via única.

As estações de São Bento e Campanhã, na cidade do Porto, aonde param todas as 5 linhas da rede, são as duas principais estações da rede dos comboios urbanos. A estação de São Bento oferece a centralidade para a Baixa do Porto, o centro da cidade, já a estação de Campanhã oferece a correspondência com o Terminal Intermodal de Campanhã e para outros serviços ferroviários, como os serviços Alfa Pendular, InterCidades, InterRegional e Regional. As duas estações oferecem transbordos para as diversas linhas do Metro do Porto e para as linhas de autocarro da STCP.

Linhas ferroviárias

A rede dos comboios urbanos usam as seguintes linhas ferroviárias para prestarem os seus serviços urbanos:

Linhas futuras em estudo:

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Rede

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Perspectiva
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Mapa com as cinco linhas dos serviços de comboios urbanos do Porto e suas conexões com o Metro do Porto e demais serviços da CP.

A rede consiste em 5 linhas e serve 87 estações e apeadeiros.[10] A Linha de Aveiro é a linha mais extensa, percorrendo 66 km da rede e servindo 25 estações e apeadeiros. A Linha de Braga é, a par da Linha do Marco de Canaveses, a linha com mais paragens servindo só nessa linha 27 estações e apeadeiros, e a mais antiga, sendo inaugurada em 1875. Já a linha com a inauguração mais recente é a Linha de Marco, sendo inaugurada em 1997 e totalmente eletrificada (último troço entre Caíde e Marco de Canaveses) em 2019. A Linha de Leixões foi novamente aberta ao transporte de passageiros (até Leça do Balio em Matosinhos) em 2025. Todas as cinco linhas usam os comboios da série 3400, estando em circulação desde 2002.

As linhas de Braga e Guimarães seguem em direção a norte, para as sub-regiões do Cávado e do Ave, zonas com uma alta densidade populacional e dispõe de grandes zonas industriais e empresarias. Já a Linha de Marco segue em direção a este, aonde passa pela sub-região do Tâmega e Sousa, uma das zonas com mais jovens no país e igualmente dispõe de grandes zonas industriais e empresarias, chegando mais perto do rio Douro. A Linha de Aveiro segue em direção a sul, circulando na Linha do Norte, a linha ferroviária mais movimentada do país, passando por grande zonas urbanas no município de Vila Nova de Gaia.

A Linha de Braga é a linha que serve mais pessoas, passando por 8 municípios e servindo assim mais de 1,1 milhões de pessoas, a seguir vem a Linha de Guimarães, passando por 9 municípios e servindo mais de 1 milhão de pessoas, a Linha de Marco, passando por 9 municípios e servindo cerca de 900 mil pessoas, a Linha de Aveiro, passando por 6 municípios e servindo cerca de 730 mil habitantes e a Linha de Leixões, passando por 3 municípios e servindo cerca de 500 mil habitantes.

Existe também, em vez dos nomes do destino de cada uma das linhas, a divisão de cores. A Linha de Braga tem a cor verde, a Linha de Guimarães tem a cor vermelha, a Linha de Marco tem a cor azul, a Linha de Aveiro tem a cor amarela e a Linha de Leixões tem a cor púrpura.

Mais informação Linhas, Comprimento ...

Com uma extensão total de 215,3 km, a rede é composta por 5 linhas e serve 87 estações em 5 sub-regiões e 22 municípios nacionais, que contam com mais de 2,3 milhões de habitantes. O município de Vila Nova de Gaia conta com o maior número de paragens dentro do seu município, tendo 9 estações ou apeadeiros. A seguir são os municípios de Famalicão, Guimarães, Valongo e Braga com 7 estações ou apeadeiros, Paredes com 6 estações ou apeadeiros e Penafiel e Ovar com 5 estações ou apeadeiros.

Mais informação Os municípios com serviços dos CP Urbanos do Porto, Município ...
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Frota em Serviço

Mais informação Série, Imagem ...

Linhas

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Perspectiva

Linha de Guimarães

A Linha de Guimarães liga o centro do Porto com a cidade de Guimarães, passando pelas cidades de Rio Tinto, Ermesinde, Trofa, Famalicão, Santo Tirso e Vizela, tendo um comprimento de 58,3 km e servindo 24 estações, ligando as duas cidades entre 1h03min e 1h29min. A linha atravessa as sub-regiões da Área Metropolitana do Porto e do Ave e liga os municípios de:

Atravessa 9 municípios, servindo mais de 1 milhão de habitantes nesses municípios.

Linha de Braga

A Linha de Braga liga o centro do Porto com a cidade de Braga, passando pelas cidades de Rio Tinto, Ermesinde, Trofa e Famalicão, tendo um comprimento de 56,5 km e servindo 27 estações, ligando as duas cidades entre 50min e 1h20min. A linha atravessa as sub-regiões da Área Metropolitana do Porto, do Ave e do Cávado e liga os municípios de:

Atravessa 8 municípios, servindo mais de 1,1 milhões de habitantes nesses municípios.

Linha de Aveiro

A Linha de Aveiro liga o centro do Porto com a cidade de Aveiro, passando pelas cidades de Estarreja, Ovar, Espinho e Vila Nova de Gaia tendo um comprimento de 65,9 km e servindo 25 estações, ligando as duas cidades entre 1h19min e 1h49min. A linha atravessa as sub-regiões da Área Metropolitana do Porto e da Região de Aveiro e liga os municípios de:

Atravessa 6 municípios, servindo mais de 730 mil habitantes nesses municípios.

Linha do Marco

A Linha de Marco liga o centro do Porto com a cidade de Marco de Canaveses, passando pelas cidades de Rio Tinto, Ermesinde, Valongo, Paredes e Penafiel tendo um comprimento de 62,6 km e servindo 27 estações, ligando as duas cidades entre 1h10min e 1h22min. A linha atravessa as sub-regiões da Área Metropolitana do Porto e do Tâmega e Sousa e liga os municípios de:

Atravessa 9 municípios, servindo mais de 900 mil habitantes nesses municípios.

Linha de Leixões

Factos rápidos

A Linha de Leixões liga o Terminal Intermodal de Campanhã no Porto com a vila de Leça do Balio, num troço com um comprimento de 13,1 km e servindo 7 estações, sendo que alguns serviços ligam Matosinhos a Ovar, sem transbordos, passando pelas cidades de Espinho, Vila Nova de Gaia e Porto tendo um comprimento total de 48,4 km e servindo 23 estações, ligando as duas cidades entre 1h05min e 1h15min. A linha atravessa as sub-regiões da Área Metropolitana do Porto e da Região de Aveiro e liga os municípios de:[15]

Atravessa 3 municípios, servindo mais de 500 mil habitantes nesses municípios.

Linha de Felgueiras/Vale do Sousa (Planeada)

Factos rápidos

A Linha de Felgueiras/Vale do Sousa é uma linha planeada[16] que, caso seja construída, permitirá a ligação entre o centro do Porto e a cidade de Felgueiras, passando pelas cidades de Valongo, Paços de Ferreira e Freamunde, utilizando secções das linhas do Minho e do Douro no seu percurso, assim como de 36,7 km de nova rede e a construção de oito novas estações até Felgueiras. Assim, a linha com um comprimento total de 55,3 km e servindo 18 estações permitirá ligar as duas cidades em 57min.[17] A linha atravessará as sub-regiões da Área Metropolitana do Porto e do Tâmega e Sousa e ligará os municípios de:[8]

Está também prevista, numa segunda fase, a extensão da linha até Amarante, com paragens em Lixa e junto ao Hospital de Amarante, assim como a possível reativação da Linha do Tâmega entre as estações de Livração e Amarante.[18]

Atravessará 8 municípios (9 se incluir Amarante), servindo mais de 550 mil habitantes nesses municípios.

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Passageiros

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Perspectiva

Entre 2006 e 2011 registou-se um aumento de quase 5 milhões de passageiros a usarem os serviços urbanos, crescendo de 16 milhões de passageiros em 2005 para 21 milhões de passageiros em 2011. A partir daí, o número de passageiros baixou para um mínimo de 19 milhões em 2013 por causa da crise financeira, tendo o governo português reduzido o financiamento dos serviços urbanos e daí reduzido os horários das circulações dos comboios.

De 2013 até 2019 o número de passageiros voltou a crescer em perto de 5 milhões, de 19 milhões em 2013 para quase 24 milhões em 2019. Por causa da pandemia COVID-19 e as restrições de circulação, o número de passageiros baixou drasticamente para 11,6 milhões de passageiros em 2020 e 13,8 milhões em 2021.

Já no primeiro primeiro semestre de 2022, o número de passageiros bateu o recorde de 10 milhões e superou os números de 2019, antes da pandemia.

Mais informação Número de passageiros transportados nos CP Urbanos do Porto, Anos ...
Passageiros transportados por ano (2005-2024)
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Ver também

Referências

  1. Portugal, Comboios de. «Comboios Urbanos do Porto». CP.PT | Comboios de Portugal (em inglês). Consultado em 29 de janeiro de 2025
  2. Comboios de Portugal, CP (2019). «Relatório e Contas 2019» (PDF)
  3. Jorge Lopes: CP Porto sem comboios para tanta procura, Jornal de Notícias, 15. Januar 2010
  4. CP - Comboios de Portugal. «Horários Porto-Ermesinde-Leixões» (PDF). Consultado em 2 de Janeiro de 2010. Arquivado do original (PDF) em 22 de novembro de 2009
  5. «Comboios voltam a transportar passageiros na Linha de Leixões». Expresso. 24 de janeiro de 2025. Consultado em 29 de janeiro de 2025
  6. Portugal, Comboios de. «Descubra a Linha de Leixões». CP.PT | Comboios de Portugal (em inglês). Consultado em 29 de janeiro de 2025
  7. ECO (3 de julho de 2023). «Nova linha põe Vale do Sousa a menos de uma hora de comboio do Porto». ECO. Consultado em 29 de janeiro de 2025
  8. ECO (3 de setembro de 2024). «Governo estuda ligação da Linha do Vouga à Linha do Norte». ECO. Consultado em 29 de janeiro de 2025
  9. Portugal, Comboios de. «Comboios Urbanos do Porto». CP.PT | Comboios de Portugal (em inglês). Consultado em 28 de janeiro de 2025
  10. «Fichas Técnicas». www.trainlogistic.com. Consultado em 9 de agosto de 2024
  11. Portugal, Comboios de. «Comboio série 3401-3434 e 3451-3484 | CP». CP.PT | Comboios de Portugal (em inglês). Consultado em 9 de agosto de 2024
  12. Portugal, Comboios de. «Comboio série 2241-2297 | CP - Comboios de Portugal». CP.PT | Comboios de Portugal (em inglês). Consultado em 9 de agosto de 2024
  13. «IP adjudica estudos de viabilidade da Linha do Vale do Sousa por 357,8 mil euros». Jornal de Negócios. Lusa. 16 de fevereiro de 2024. Consultado em 11 de fevereiro de 2025
  14. Diogo Ferreira Nunes (3 de julho de 2023). «Nova linha põe Vale do Sousa a menos de uma hora de comboio do Porto». ECO. Consultado em 11 de fevereiro de 2025
  15. Cipriano, Carlos (26 de maio de 2020). «Estudo propõe novo eixo ferroviário pelo Vale do Sousa e reactivação da Linha do Tâmega até Amarante». Público. Consultado em 11 de fevereiro de 2025
  16. «Relatório e Contas CP 2006» (PDF). CP - Caminhos de Ferro Portugueses, E.P. 2006. Consultado em 18 de Dezembro de 2017
  17. «Relatório e Contas CP 2007 (Síntese de Gestão)» (PDF). CP - Caminhos de Ferro Portugueses, E.P. 2007. Consultado em 19 de Dezembro de 2017
  18. «Relatório e Contas CP 2008» (PDF). CP - Caminhos de Ferro Portugueses, E.P. 2008. Consultado em 18 de Dezembro de 2017
  19. «Relatório e Contas CP 2009» (PDF). CP - Comboios de Portugal, E.P.E. 2009. Consultado em 18 de Dezembro de 2017
  20. «Relatório e Contas CP 2010» (PDF). CP - Comboios de Portugal, E.P.E. 2010. Consultado em 18 de Dezembro de 2017
  21. «Relatório e Contas CP 2011» (PDF). CP - Comboios de Portugal, E.P.E. 2011. Consultado em 18 de Dezembro de 2017
  22. «Relatório e Contas CP 2012» (PDF). CP - Comboios de Portugal, E.P.E. 2012. Consultado em 18 de Dezembro de 2017
  23. «Relatório e Contas CP 2013» (PDF). CP - Comboios de Portugal, E.P.E. 2013. Consultado em 18 de Dezembro de 2017
  24. «Relatório e Contas CP 2014» (PDF). CP - Comboios de Portugal, E.P.E. 2014. Consultado em 18 de Dezembro de 2017
  25. «Relatório e Contas CP 2015» (PDF). CP - Comboios de Portugal, E.P.E. 2015. Consultado em 18 de Dezembro de 2017
  26. «Relatório e Contas CP 2016» (PDF). CP - Comboios de Portugal, E.P.E. 2016. Consultado em 18 de Dezembro de 2017
  27. Portugal, Comboios de. «CP transportou 122 milhões de passageiros em 2017». CP.PT | Comboios de Portugal (em inglês). Consultado em 7 de fevereiro de 2018
  28. «Relatório e Contas CP 2018» (PDF). CP - Comboios de Portugal, E.P.E. 2019. Consultado em 26 de Maio de 2019
  29. Comboios de Portugal, CP (2020). «Relatório e Contas 2020» (PDF)
  30. Comboios de Portugal, CP (2021). «Relatório e Contas 2021» (PDF)
  31. Comboios de Portugal, CP (2022). «Relatório e Contas 2022» (PDF)
  32. Comboios de Portugal, CP (2023). «Relatório e Contas 2023» (PDF)
  33. Comboios de Portugal (2024). «Relatório e Contas 2024» (PDF). Consultado em 1 de julho de 2025
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Bibliografia

Ligações externas

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