Fernando Collor

político brasileiro, ex 32° presidente do Brasil / De Wikipedia, a enciclopédia livre

Fernando Affonso Collor de Mello GCTEColIC (Rio de Janeiro, 12 de agosto de 1949) é um político brasileiro. Foi o 32.º Presidente do Brasil, de 1990 até sua renúncia em 1992. Filiado ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), foi senador por Alagoas de 2007 até 2023 e foi presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado de 2017 até 2019.[1][2]

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Fernando Collor
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Fernando Collor
Fotografia oficial como presidente do Brasil.
32.º Presidente do Brasil
Período 15 de março de 1990
a 29 de dezembro de 1992 [nota 1]
Vice-presidente Itamar Franco
Antecessor(a) José Sarney
Sucessor(a) Itamar Franco
Senador por Alagoas
Período 1º de fevereiro de 2007
a 1º de fevereiro de 2023
(2 mandatos consecutivos)
55.º Governador de Alagoas
Período 15 de março de 1987
a 14 de maio de 1989
Vice-governador Moacir Lopes de Andrade
Antecessor(a) José de Medeiros Tavares
Sucessor(a) Moacir Lopes de Andrade
Deputado Federal por Alagoas
Período 1º de fevereiro de 1983
a 1º de fevereiro de 1987
57.º Prefeito de Maceió
Período 15 de março de 1979
a 14 de maio de 1982
Antecessor(a) Dilton Simões
Sucessor(a) Corinto Campelo da Paz
Dados pessoais
Nascimento 12 de agosto de 1949 (73 anos)
Rio de Janeiro, RJ
Nacionalidade brasileiro
Progenitores Mãe: Leda Collor de Mello
Pai: Arnon Affonso de Farias Mello
Alma mater Universidade Federal de Alagoas
Cônjuge Lilibeth Monteiro de Carvalho (c. 1975; div. 1981)
Rosane Malta (c. 1984; div. 2005)
Caroline Medeiros (c. 2006)
Filhos Arnon  · Joaquim  · Fernando  · Cecile  · Celine
Partido ARENA (1979)
PDS (1980–1985)
PMDB (1986–1988)
PRN (1989–1992)
PRTB (1999–2006)
PTB (2007–2016)
PTC (2016–2019)
PROS (2019–2022)
PTB (2022–presente)
Religião Católico
Assinatura Assinatura de Fernando Collor
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Foi também prefeito de Maceió de 1979 a 1982, deputado federal de 1982 a 1986 e governador de Alagoas de 1987 a 1989. Foi o presidente mais jovem da história do país, eleito aos quarenta anos de idade, pelo Partido da Reconstrução Nacional (PRN), sendo o primeiro eleito por voto direto do povo após o Regime Militar (1964-1985) e o primeiro a ser afastado temporariamente por um processo de impeachment no país. Sucedeu o presidente José Sarney nas eleições de 1989, em que derrotou Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno. Antes dessas eleições, a última vez que o povo brasileiro havia elegido um presidente pelo voto direto fora em 1960, com a eleição de Jânio Quadros.[3]

Seu governo foi marcado pela implementação do Plano Collor, pelo início de um programa nacional de desestatização e a abertura do mercado nacional às importações, o que teve incisivo reflexo no aumento do mercado consumidor de carros.[4] O plano, que no início teve uma boa aceitação, acabou por aprofundar a recessão econômica, colaborada pela extinção, em 1990, de mais de 920 mil postos de trabalho; junto a isso, denúncias de corrupção política envolvendo o tesoureiro de Collor, Paulo César Farias, feitas por seu irmão Pedro Collor de Mello, culminaram com um processo de impugnação de mandato (impeachment). O processo, antes de aprovado, fez com que o presidente renunciasse ao cargo em 29 de dezembro de 1992, deixando-o para seu vice Itamar Franco,[5] horas antes de ser condenado pelo Senado por crime de responsabilidade, perdendo os direitos políticos por oito anos. Enquanto presidente, assinou, em 1991, o Tratado de Assunção, documento de formação do Mercado Comum do Sul.[6] Fundiu o IAPAS e o INPS, criando a atual autarquia federal Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).[7] Comandou os trabalhos da "Cúpula da Terra" na ECO-92.[8] Homologou a demarcação da Terra Indígena Yanomami.[9]