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Republicanos (partido político)
partido político brasileiro Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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O Republicanos é um partido político brasileiro. Com 568.451 filiados em novembro de 2024, é o 11.º maior do país. No Congresso Nacional, possui quarenta e um deputados federais, e quatro senadores da República. O partido usa como símbolo uma árvore frondosa cujo caule é uma criança do sexo feminino apontando para uma estrela de seis pontas, com as cores da bandeira do Brasil.[20]
Fundado em 2005, obteve o registro definitivo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o nome de Partido Municipalista Renovador (PMR) em 25 de agosto de 2005. No ano seguinte, mudou de nome para Partido Republicano Brasileiro (PRB), atendendo a uma sugestão do então vice-presidente da República José Alencar.[21] Em 2019, o partido muda novamente de nome, passando a se chamar Republicanos, sem o uso de sigla.[22][23]
O partido é considerado socialmente conservador e parte da direita política.[24] Tem uma forte ligação com a Igreja Universal do Reino de Deus,[25][26] eu seu presidente Marcos Pereira, é bispo da igreja.[26]
O partido foi da base aliada dos governos de Luiz Inácio Lula da Silva[27] e Dilma Rousseff, rompendo com a última em 2016 e apoiando seu impeachment.[28][29] Fez parte também do governo de Michel Temer[30] e da base do governo de Jair Bolsonaro,[31] com seu vice-presidente Hamilton Mourão se juntando ao partido em 2022 no final de seu mandato.[32]
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História
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Perspectiva
Em 16 de dezembro de 2003, com o apoio de mais de 457.702 eleitores, foi aprovada em convenção nacional a criação do Partido Municipalista Renovador (PMR), cuja ata foi registrada no Cartório Marcelo Ribas, em 2 de janeiro de 2004, e obteve seu registro sob o número 00055915.[carece de fontes]
O partido foi fundado em agosto de 2005 como Partido Municipalista Renovador por pastores da Igreja Universal do Reino de Deus.[33] Em março de 2006, o partido passou a se chamar Partido Republicano Brasileiro.
Em 2006, na primeira eleição disputada para os cargos de deputados, governadores e presidente da República, José Alencar Gomes da Silva foi reeleito vice-presidente do Brasil, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ao todo, foram 60 candidatos a deputado estadual, 21 para deputado federal e um candidato ao Senado da República. Recebendo 737 423 votos no país, a sigla elegeu três deputados estaduais e apenas um único deputado federal.

Nas disputas municipais de 2008, foram eleitos 54 prefeitos e 780 vereadores. Ao todo, o partido recebeu 3 667 400 votos, sendo 1 519 540 na disputa de prefeito e outros 2 147 857 nas eleições para as câmaras municipais.
Em 2010, na segunda eleição nacional do partido, foram eleitos 18 deputados estaduais, 8 deputados estaduais e apenas um único senador, o bispo Marcelo Crivella, que antes era filiado ao PL, foi reeleito ao Senado Federal pelo Republicanos.
No dia 9 de maio de 2011, em convenção nacional, o advogado Marcos Pereira foi eleito como o novo presidente nacional do partido.
Em 2012, saiu das eleições municipais com 78 prefeitos e 1 204 vereadores eleitos. Os números representam um aumento de 54,4% de vereadores (um dos maiores crescimentos proporcionais entre todas as legendas) e 42% de prefeitos.
Nas eleições de 2014, o partido ampliou seu número de eleitos, com 21 deputados federais e 32 deputados estaduais. Seu destaque foi o deputado federal Celso Russomanno, de São Paulo, que obteve 1,5 milhão de votos e foi o mais votado do país no pleito, em números absolutos.[34]
Nas eleições municipais de 2016, elegeu 106 prefeitos e 1624 vereadores, com uma votação de 4.492.893, incluindo a vitória do senador Marcelo Crivella na disputa a prefeitura da cidade do Rio de Janeiro, derrotando o candidato Marcelo Freixo, do PSOL. Foi a primeira vez em que o partido obteve a prefeitura da capital carioca e de outros municípios que tiveram 2.º turno, como Caxias do Sul, em que Daniel Guerra fio eleito prefeito, derrotando o candidato Edson Nespolo, do PDT.
Em 2016, com a crise política no Brasil, o PRB deixou a base aliada do governo Dilma. No processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, os 21 deputados federais votaram pelo afastamento da presidente.[carece de fontes]
Nas eleições municipais de 2020, o partido elegeu 211 prefeitos e 2601 vereadores, incluindo a disputa para a prefeitura de Vitória, capital do Espírito Santo, onde foi eleito Lorenzo Pazolini como prefeito,[35] tornando esta a segunda eleição em que o partido elegeu uma prefeitura em uma capital, apesar da derrota no Rio de Janeiro, onde Marcelo Crivella não conquistou a reeleição, sendo derrotado no pleito por Eduardo Paes.[36] Em São Paulo, o partido lançou para a disputa da prefeitura a candidatura de Celso Russomanno, que ficou em quarto lugar, com 560 mil votos (10,5%).[37]
O Republicanos fez parte da base política do governo Bolsonaro.[31] Na eleição presidencial de 2022, integrou a coligação que apoiou a campanha à reeleição de Jair Bolsonaro à presidência da República,[38] que foi derrotada pela campanha de Luiz Inácio Lula da Silva.[39]
Após a vitória de Lula, o Partido Liberal (PL) publicou um relatório que pedia uma "verificação extraordinária" do resultado das eleições, questionando e atacando as urnas eletrônicas brasileiras sem apresentar provas das alegações de fraude. O pedido foi negado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, que determinou uma multa de 22,9 milhões de reais por litigância de má-fé à coligação da campanha de Bolsonaro, e suspendeu o acesso das três legendas que a integraram às verbas do fundo partidário.[40][41] Os outros partidos integrantes da coligação, Republicanos e Progressistas, declararam não concordar com as acusações, afirmando não contestarem a eleição de Lula, e foram excluídos por Moraes do pagamento da multa, que recaiu inteiramente sobre o PL, também tendo o acesso ao fundo partidário liberado.[42][43][44][45]
Nas eleições de 2022 conquistou seu maior feito eleitoral com a vitória de Tarcísio de Freitas como novo governador de São Paulo derrotando na disputa o Fernando Haddad do PT.[46]
Em 2025, o partido alcançou a Presidência da Câmara dos Deputados com a eleição do deputado Hugo Motta, que recebeu 444 votos.
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Organização
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Perspectiva
Presidentes nacionais
José Alencar é considerado o "Presidente de Honra" do partido.[47] Essa lista mostrará os presidentes titulares eleitos para o cargo, e não os interinos.[48]
Movimentos
O Republicanos mantém alas de jovens, mulheres e idosos. Estas alas são chamadas de "movimentos" e são coordenadas por seus respectivos secretários (nacional, estadual e municipal).[50][51]
Governadores
Senado Federal do Brasil
Líder do Partido
Senadores
Câmara dos Deputados do Brasil
Presidente da Câmara e Líder do Partido
Deputados
Prefeitos das Capitais
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Desempenho eleitoral
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Perspectiva
Os números das bancadas representam o início de cada legislatura, desconsiderando, por exemplo, parlamentares que tenham mudado de partido posteriormente.
Eleições estaduais
Eleições presidenciais
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Controvérsias
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Perspectiva
Interferência política junto à Igreja Universal
Oficialmente, a Igreja Universal do Reino de Deus nega misturar política e religião, mas ao reportar sobre o aumento de políticos eleitos em 2020 ligados a mesma, o Congresso em Foco entrevistou especialistas que apontaram a influência política que a igreja tem no Brasil ao se associar com o Republicanos. Lívia Reis, pesquisadora do Instituto de Estudos da Religião (Iser) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) disse que "a Universal inaugurou este tipo de política, lá na década de 1980, já na redemocratização… Eles [os candidatos] utilizam tanto a estrutura institucional quanto a estrutura partidária do Republicanos… Esta estratégia de candidaturas da Universal passa necessariamente pelo Republicanos." A cientista política Flávia Babireski, pesquisadora do Laboratório de Partidos e Sistemas Partidários da Universidade Federal do Paraná (LAPeS/UFPR) disse que "A Universal é muito centralizada, uma instituição só no Brasil inteiro – então tem uma estrutura hierárquica muito coordenada, muito bem pensada… Então fazer essa coordenação política paralela é muito fácil. Saber quem é o candidato oficial da Igreja, a Universal sabe."[57]
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Referências
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- «Adeus ao mais nobre republicano». Republicanos. Consultado em 18 de junho de 2023
- «Partidos políticos registrados». Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Consultado em 7 de novembro de 2015
- «Manifesto e Programa». Republicanos10. Consultado em 7 de abril de 2024
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